A corrida eleitoral no FC Porto está a ganhar cada vez mais impacto, com dois candidatos já anunciados: André Villas-Boas e Nuno Lobo. Enquanto Pinto da Costa ainda não oficializou a sua candidatura, um dos seus braços direitos, Vítor Baía, deu uma entrevista ao jornal O Jogo, onde falou sobre a possibilidade de se candidatar à presidência do clube.
Questionado sobre essa possibilidade, Baía afirmou: 'Não vou mentir ao dizer que existiram pessoas que falaram comigo sobre essa possibilidade. O próprio presidente falou comigo, porque achava que, se ele não fosse candidato, eu estava preparado para assumir essa responsabilidade. E disse ao meu presidente que estaria com ele até ao fim, que não passava pelos meus objetivos e pela minha cabeça deixar de estar com ele'.
Baía deixou ainda elogios a Pinto da Costa e à sua presidência, sem confirmar se o presidente irá recandidatar-se: 'Cumprindo os requisitos que ele colocou para que possa ser candidato às próximas eleições - como acredito que faremos - estão reunidas todas as condições para que ele possa continuar', afirmou Baía.
No entanto, o destaque da entrevista foi o facto de Vítor Baía revelar que recusou fazer parte do projeto de André Villas-Boas em 2018: 'Em 2017/18 fui contactado por uma pessoa muito amiga, que tinha relações familiares com um dos mentores desse movimento, a convidar-me para fazer parte do mesmo. Os mentores da campanha que são os senhores Antero Henrique e Raul Costa. Convidaram-me para fazer parte desse movimento, ao qual disse na altura que não', explicou Baía. A recusa deveu-se a incompatibilidades com uma das pessoas envolvidas no projeto de Villas-Boas.
A entrevista de Vítor Baía surge numa altura em que André Villas-Boas prepara-se para apresentar a sua candidatura à presidência do FC Porto na próxima semana. O antigo treinador do clube tem sido apontado como um forte candidato e a sua eventual eleição traria mudanças significativas para o clube.
Com estas declarações, Vítor Baía reafirma a sua lealdade a Pinto da Costa e mostra-se indisponível para apoiar qualquer projeto que não esteja alinhado com o atual presidente do FC Porto.
A corrida eleitoral promete continuar a aquecer nos próximos meses, com os candidatos a apresentarem as suas propostas e a tentarem conquistar o apoio dos sócios e adeptos do clube.