O caso do VAR no jogo entre o FC Porto e o Arouca continua a dar que falar. Após a conclusão do processo disciplinar, o técnico de apoio ao sistema de videoárbitro, Adriano Costa, foi punido por não ter cumprido algumas das suas obrigações. No entanto, o acórdão revela as explicações do técnico para o sucedido.
De acordo com o documento do Conselho de Disciplina, Adriano Costa alegou que não percebeu que o sistema UPS, responsável por garantir a energia elétrica à cabine do VAR em caso de falha da fonte primária, estava a sustentar o sistema até que se esgotou nos últimos minutos do jogo. O técnico afirmou que não ouviu o sinal sonoro de falta de bateria porque estava sempre em contacto com a Cidade do Futebol através dos auscultadores e que a UPS estava fora do seu campo de visão.
O acórdão também clarifica que Adriano Costa é responsável pelos equipamentos fornecidos pela MediaPro, como o monitor, mas não pelo fornecimento de energia e UPS, que são da responsabilidade dos técnicos da Altice. O documento indica que o monitor de revisão não emite qualquer sinal sonoro e que, ao minuto 88, Adriano Costa ouviu a mensagem 'out of range', percebendo assim que tinha ficado sem comunicações. O técnico prontamente chamou os técnicos da Altice e entregou o telefone de backup ao quarto árbitro.
A decisão do Conselho de Disciplina absolveu Adriano Costa da acusação de quebra de energia. O documento argumenta que não ficou demonstrado que o técnico tenha violado deveres e obrigações, nem que tenha causado prejuízo para a imagem e o bom nome das competições de futebol.
Apesar de ter sido punido com uma multa de 230 euros por falta de comparência para prestação de declarações, Adriano Costa foi absolvido de qualquer infração relacionada com a polémica do VAR no jogo entre o FC Porto e o Arouca.