A temporada começou com uma derrota do FC Porto para o CF Os Belenenses, o que já indicava que seria um caminho difícil para a equipa de Bella Guttman. Empates contra o CUF, Sporting e Académica de Coimbra também deixaram os adeptos preocupados. Mas foi durante o confronto contra o Benfica, um jogo amaldiçoado pelo mago magiar, que uma notícia incrível surgiu: o craque peruano Teófilo Cubillas estava a caminho do FC Porto.
A vinda de Cubillas para o clube foi uma verdadeira conquista, com os adeptos e até mesmo a estrela da equipa contribuindo para o seu pagamento através de um crowdfunding. A cidade e o clube uniram-se em prol desse objetivo surreal. A expectativa era alta, e Cubillas estava ansioso para jogar ao lado de uma estrela do calibre de Pavão.
No entanto, tudo mudou no dia 16 de Dezembro, durante o jogo contra o Vitória FC de Setúbal. Fernando Pascoal Neves, conhecido carinhosamente como Pavão, sofreu uma lesão terrível que abalou a equipa e os adeptos presentes no Estádio das Antas.
Pavão, um jovem prodígio de Chaves, demonstrava todo o seu talento no campo quando, de forma estranha e impactante, caiu no relvado. O silêncio que se seguiu foi assustador, como se o próprio campo de futebol tivesse sido atingido por uma tragédia.
O momento foi descrito por um adepto presente no estádio: "Tombava um deus no seu Olimpo: o relvado. Um silêncio sepulcral, emocionalmente mais violento do que o volume de um concerto dos Metallica." Pavão era um ídolo, não apenas para os adeptos do FC Porto, mas também para colegas de profissão como Eusébio, que compareceu ao seu funeral com todo o respeito.
Este momento trágico marcou profundamente a época 1973/1974 do FC Porto e será lembrado para sempre pelos adeptos do clube. Pavão deixou uma marca indelével na história do futebol português e será sempre recordado com carinho e admiração.