No último fim de semana, ocorreram diversos casos de violência em jogos de futebol em Portugal, evidenciando um preocupante regresso da coboiada no desporto nacional. Desde agressões a árbitros distritais até a envolvimento de jovens jogadores e até mesmo adultos, os incidentes deixaram claro que algo precisa ser feito para combater essa cultura de violência.
No dérbi entre o SC Farense e o Portimonense, o treinador adjunto dos sub-17 do SC Farense agrediu fisicamente o árbitro do jogo. O gesto irresponsável do treinador manchou sua carreira e vai contra tudo o que queremos para o desporto em Portugal.
A situação foi ainda mais grave na Associação de Futebol de Setúbal, onde imagens de um jogo de iniciados entre o Paio Pires e o Cova da Piedade mostraram um dos jogadores do Paio Pires atacando o árbitro após o jogo. O incidente desencadeou uma confusão generalizada, com até mesmo adultos se envolvendo em confrontos físicos. É inaceitável que eventos desportivos envolvendo jovens de tenra idade sejam palco para tais cenas de violência.
Apesar dessas cenas lamentáveis, alguns clubes têm se destacado pela postura exemplar diante da violência no futebol. O presidente do SC Farense emitiu um comunicado repudiando o incidente e suspendendo o agressor de suas funções enquanto um inquérito interno é realizado. No entanto, é preocupante que o Paio Pires FC, outro clube envolvido nos incidentes, ainda não tenha se pronunciado publicamente.
É necessário que as instituições responsáveis pela regulação desportiva avancem mais na luta contra a violência no futebol. Ainda há muito a ser feito para garantir que o ambiente desportivo seja seguro e livre de agressões.
A violência no futebol não tem lugar em uma das melhores e maiores escolas de valores da sociedade. É responsabilidade de todos nós, desde clubes até autoridades desportivas, combater essa cultura e promover um desporto saudável e respeitoso.