Treinadores refletem sobre a descida de divisão na liga portuguesa

  1. Tozé Marreco fala após derrota do Farense
  2. Vasco Seabra celebra triunfo do Arouca
  3. Marreco lamenta falta de discernimento
  4. Seabra reconhece decisões que mudaram jogo

A intensa jornada da primeira liga portuguesa trouxe à tona as declarações dos treinadores que enfrentaram a dura realidade das descidas de divisão, revelando a luta e a frustração que permeiam a competição. As palavras de Tozé Marreco, treinador do Farense, capturam perfeitamente esse sentimento. Após a amarga derrota por 2-1 contra o Santa Clara, que selou a descida do emblema algarvio à II Liga, Marreco disse: “Aquilo que foi o jogo foi um bocadinho o reflexo do que se passou na época.” O treinador enfatizou que “na parte final, discernimento” foi o que faltou à sua equipa.

Marreco lamentou as dificuldades enfrentadas, afirmando: “Disse aos jogadores que cada um deve assumir as suas responsabilidades, as suas falhas.” Ele assumiu a responsabilidade pela situação do clube, reconhecendo as implicações de ter começado a época em desvantagem, com “uma equipa sem ideias, com oito lesionados.” Apesar das adversidades, mantém a convicção de que “a justiça do futebol podia ter-nos dado mais pontos. Merecíamos mais pontos, por aquilo que jogámos, por aquilo que fizemos.”

Triunfo e confiança no Arouca

Em contraste, Vasco Seabra, treinador do Arouca, celebrou o triunfo por 3-1 sobre o Boavista, que também viu o seu destino alterar-se para a II Liga. Seabra comentou que a sua equipa “conseguiu produzir, neste jogo, uma aproximação ao que sentimos que tem sido todo o nosso momento cá.” Ele expressou a confiança na evolução do grupo ao longo da temporada, destacando: “Os jogadores acreditaram sempre, mantiveram-se muito fiéis à crença e à convicção que tínhamos.”

Ao olhar para o passado, Seabra reconheceu que a equipa poderia estar melhor posicionada: “Acho que valorizámos o jogo, o que também foi possível pela nossa proposta de jogo.” Ele também refletiu sobre as decisões de jogo que poderiam ter mudado o rumo da partida, dizendo: “Se, eventualmente, a bola do Boavista que vai à trave fosse golo, o jogo poderia ter sido muito diferente.” Contudo, a serenidade da sua equipa prevaleceu: “O facto de o Boavista ter de jogar só para ganhar não lhes permitiu ter a serenidade e tranquilidade que nós tivemos.”

A complexidade emocional do futebol

No final da jornada, ambos os treinadores expressaram a complexidade emocional do futebol. Marreco, com sua reflexão sobre a injustiça do futebol, afirmou: “Mas o futebol é assim, é a única profissão em que podemos fazer 90% das coisas bem e não ganhar.” As palavras de ambos os treinadores sublinham a dureza da competição, onde o esforço nem sempre é recompensado, refletindo a natureza imprevisível e, muitas vezes, cruel do desporto.

Presidente do Rio Ave confiante no regresso aos Arcos na próxima época

  1. Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave, está confiante no regresso da equipa ao Estádio dos Arcos na próxima época.
  2. O Estádio dos Arcos sofreu danos significativos na bancada em março, obrigando a equipa a jogar em Paços de Ferreira.
  3. Estão a ser planeadas obras de requalificação no estádio para cumprir os requisitos de licenciamento.
  4. A presidente fez um balanço da época como “difícil, de transição e adaptação”, mas mostrou otimismo para o futuro do clube e investimentos na academia.