A pressão sobre o Arouca para alcançar resultados positivos iguais à concorrência direta tornava imperativa a necessidade de vencer o confronto com o Farense. Cientes disso, as duas equipas entraram no jogo com muita cautela, sem grande iniciativa ofensiva no primeiro tempo.
O Farense, galvanizado pelo apoio dos seus adeptos, foi a equipa mais capacitada para chegar a zonas de perigo nessa primeira parte, tendo incomodado várias vezes o guarda-redes Guilhermo Ochoa. Bem apoiado na largura conferida pelos incansáveis Derick Poloni e Pastor, o conjunto anfitrião demonstrou segurança defensiva, com Cláudio Falcão a liderar a retaguarda com eficácia.
Destacando-se no jogo aéreo, Yusupha Njie evidenciou-se com as duas melhores oportunidades da equipa algarvia, chegando mesmo a fazer tremer a baliza do internacional mexicano Ochoa. Apesar disso, o Arouca apresentou-se demasiado inoperacional nos momentos com bola, tendo Rodrigo Ribeiro e Lucas Piazón esbarrado na competência de Ricardo Velho.
Finda a primeira parte, os adeptos do Farense sonhavam com os três pontos, mas o destino reservava outra surpresa. Na segunda parte, o conjunto visitante cresceu de forma reveladora, aproveitando a quebra física dos algarvios. Já nos descontos, Velho saiu em falso da baliza, derrubou John Mercado na área e David Silva, no recurso ao VAR, assinalou grande penalidade. Zé Luís não desperdiçou a oportunidade e selou a reviravolta, traindo a sua antiga equipa, lamentou o treinador do Farense.