O Nacional conseguiu finalmente aquilo que ainda não tinha conseguido esta época: vencer fora de casa. E essa conquista diz muito sobre o atual estado do Farense, que jornada após jornada vai perdendo fulgor na luta pela manutenção.
Jogando em casa, os algarvios estavam quase «obrigados a vencer um adversário direto na tabela», mas acabaram por sucumbir, com o bis do defesa esquerdo José Gomes a ser determinante. Além disso, o Farense demonstrou «muita desinspiração ao longo de todo o encontro».
Estreia de Rony Lopes não evita derrota
A grande novidade na equipa de Faro foi a estreia de Rony Lopes, internacional português contratado no mercado de inverno, que entrou diretamente para a titularidade. Outra decisão relevante de Tozé Marreco foi a aposta em Elves Baldé no lado direito da defesa, preterindo Rivaldo.
Os primeiros 45 minutos, como tem sido «habitual no Estádio São Luís, foram pobres em termos de espetáculo». O Farense, «precisando urgentemente de vencer, não arriscou demasiado perante um Nacional que se preocupou sobretudo em defender e espreitar oportunidades de ataque».
Nacional aproveita expulsão e vence com autoridade
O principal lance da primeira parte aconteceu aos 41 minutos, quando Elves Baldé, numa disputa de bola já fora do terreno de jogo, atingiu Zé Vitor de forma imprudente e foi expulso por Luís Godinho.
A segunda parte foi bem diferente. Logo no início, o Nacional adiantou-se no marcador, com José Gomes a finalizar uma boa jogada de combinação com Dudu Teodoro. Apesar de estar em desvantagem no resultado e com menos um jogador, o Farense até ganhou algum alento pouco depois, quando Fuki Yamada também foi expulso, deixando as duas equipas com 10 jogadores.
Tozé Marreco arriscou, lançando Yusupha e Rui Costa, mas numa tarde para esquecer, seria o Nacional a ampliar a vantagem, com novo golo de José Gomes, que sentenciou o encontro. No Algarve, «dançou-se o bailinho da Madeira».