A sociedade anónima desportiva (SAD) do Famalicão tem tido um notável desempenho financeiro nos últimos seis anos, desde o regresso do clube à Primeira Liga em 2019/2020. Liderada pelo presidente Miguel Ribeiro, o clube do Minho implementou uma estratégia centrada em dois pilares-chave: desenvolver talento da sua própria academia e adquirir jogadores jovens que possam ser vendidos posteriormente com lucro.
Esta abordagem tem dado frutos, com o Famalicão a arrecadar mais de 100 milhões de euros em vendas de jogadores durante este período. A joia da coroa do clube foi a transferência de 24 milhões de euros do médio Manuel Ugarte para o Sporting em 2021/2022. O Sporting também adquiriu o médio Pote por 14 milhões de euros. Mas o Famalicão também encaixou grandes valores em negócios com o FC Porto, incluindo Otávio (12 milhões de euros), Iván Jaime (10 milhões de euros), Francisco Moura (5 milhões de euros) e Toni Martínez (3,5 milhões de euros).
Outras vendas notáveis incluem Luiz Júnior (12 milhões de euros para o Villarreal), Zaydou Youssouf (6 milhões de euros para o Al Fateh), Alexandre Penetra (4 milhões de euros para o AZ Alkmaar), Anderson Silva (4 milhões de euros para o Beijing Guoan), Charles Pickel (3,8 milhões de euros para a Cremonese), Jhonder Cádiz (2,7 milhões de euros para o Club León) e Puma Rodríguez (2,2 milhões de euros para o Red Star Belgrado). Esta gestão rigorosa colocou a SAD do Famalicão firmemente no «clube dos milionários».
Embora o sucesso financeiro tenha sido a prioridade, as ambições do clube vão além do balanço. Os adeptos apaixonados do Famalicão sonham com a qualificação europeia e/ou a conquista da Taça de Portugal ou da Taça da Liga. A administração partilha estas aspirações, procurando encontrar um equilíbrio entre a sustentabilidade e o sucesso em campo.
Como explicou o presidente Miguel Ribeiro: «O nosso modelo de negócio tem-nos permitido gerar receitas significativas com a venda de jogadores. Mas não nos esquecemos dos nossos objectivos desportivos. Queremos continuar a competir pelos lugares cimeiros e, quem sabe, conquistar um troféu nos próximos anos.»