Vitória por 1-0 na 4.ª eliminatória
O Santa Clara garantiu este domingo o apuramento para os oitavos de final da Taça de Portugal, depois de vencer, por 1-0, o Famalicão, com um golo solitário de Bruno Almeida, em jogo da quarta eliminatória da competição.
O avançado do conjunto açoriano marcou o tento decisivo aos 79 minutos, num dos raros momentos de emoção de um jogo, globalmente, de fraca qualidade, em que as duas equipas não fizeram jus ao estatuto de 1.ª Liga.
Treinador do Famalicão lamenta oportunidades desperdiçadas
Fizemos muitas coisas bem feitas neste e com um bom aproveitamento, daquilo que conseguimos criar conseguíamos resolver as coisas a nosso favor. Nos primeiros 45 minutos houve equilíbrio, mas a melhor oportunidade até é nossa num remate do Gustavo Sá que ia para golo e bateu no Mario González, começou por referir Armando Evangelista, treinador do Famalicão, na conferência de imprensa de rescaldo da partida.
Na segunda parte o jogo foi muito jogado no meio-campo do adversário e a primeira vez que o Santa Clara tem uma saída, faz um golo. Foi demasiado injusto para o que produzimos. Nós criámos, mas quando cometemos o mínimo erro temos sido muito penalizados. Quando temos a capacidade de criar, como aconteceu neste jogo, não conseguimos fazer o que a equipa merece. Isto são fases, mas para aquilo que criamos devíamos ter mais finalizações. Mesmo assim, por tudo o que os jogadores fizeram e pela entrega que tiveram, acaba por ser injusto o que aconteceu.
Jogo de fraca qualidade
Tal foi notório desde cedo, com ambos conjuntos a protagonizarem uma entrada com parca intensidade, apresentando um futebol cauteloso e muito preso no meio campo, avesso a oportunidades de golo.
Os primeiros sinais de perigo surgiram para o Santa Clara, num par de cabeceamentos de Alisson Safira e Matheus Pereira, insuficientes para causar calafrios significativos aos minhotos.
Do outro lado, a equipa de Armando Evangelista sentia dificuldades na definição final, e, apesar de chegar algumas vezes à área contrária, o melhor que conseguiu, em toda primeira parte, foi um remate de longe de Gustavo Sá, por cima, já depois de meia-hora, mantendo o nulo até ao intervalo.
Golo decisivo de Bruno Almeida
A segunda parte não trouxe melhorias significativas na qualidade do futebol de ambos conjuntos, que só depois da hora de jogo conseguiram dar alguma emoção para as bancadas.
Primeiro pelos famalicenses, num passe a rasgar de Gustavo Sá, que isolou Mário González, mas com o espanhol, só com a oposição do guarda-redes do Santa Clara, a deixar-se superar.
Logo a seguir, na resposta, os açorianos, num contra-golpe, conseguiram colocar Gabriel Silva em boa posição, com o brasileiro a rematar forte, mas para boa defesa de Carevic.
Os insulares continuaram a explorar o contra-ataque, e já aos 79' retiraram frutos dessa ousadia, numa jogada desenhada por Gabriel Silva, que cruzou com precisão para Bruno Almeida, que, no coração da área, famalicense rematou para o 1-0.
Reação tardia do Famalicão
Surpreendido, o Famalicão ainda tentou uma reação mas o melhor que conseguiu foi, já nos descontos, um remate de longe Mathias de Amorim, que Sidnei Lima cortou em cima da linha, mantendo a vantagem (1-0) do Santa Clara, num resultado que mereceu, no final, muita contestação à equipa dos adeptos minhotos.
Criámos oportunidades, mas quando cometemos o mínimo erro somos penalizados. Por outro lado, quando conseguimos criar, falta-nos transformar essas ocasiões no que a equipa merece: golos. Isto são fases, mas, pela qualidade e entrega demonstradas, o que aconteceu acaba por ser profundamente injusto, reconheceu Evangelista.
Sabemos que o trabalho está a ser feito no sentido certo, e os resultados acabarão por surgir, lamentou ainda o treinador famalicense.