Não há mal que sempre dure. Apliquemos parte de um ditado tão tipicamente português – sim, porque também não há bem que nunca acabe... -, aplica-se na perfeição ao que aconteceu na Reboleira. Afinal, o Casa Pia ainda não tinha conquistado qualquer ponto na presente edição da Liga e... venceu. Espantou, pois, todos os males que estavam a assolar Pina Manique desde o arranque da temporada.
Organização táctica decide dérbi lisboeta
Para isso, os casapianos deram um valente soco no estômago aos vizinhos da Amadora, uma vez que o Estrela também entrava para este dérbi lisboeta à procura do primeiro triunfo neste campeonato (um empate e duas derrotas).
A felicidade dos comandados de João Pereira, além da eficácia, claro está, esteve, em grande parte, assente num aspeto extremamente importante no futebol: a organização. O jovem técnico do Casa Pia, em estreia absoluta na elite nacional, preparou o jogo ao pormenor, percebeu-se, e os seus jogadores interpretaram a estratégia na perfeição, constatou-se. Da solidez defensiva às linhas muito juntas, da qualidade de posse de bola à assertividade no ataque ao último terço.
Estrela da Amadora ainda procura a primeira vitória
Miguel Sousa, logo aos 4 minutos, deu o mote, mas Bruno Brígido fez a defesa da tarde. O lance animou os forasteiros e gelou (mesmo sem ter dado golo...) os visitados, que assumiram todas as despesas nos instantes seguintes. O Estrela estava... desligado. E só na segunda parte teve alguma luz. Ainda que pouca.
Alan Ruiz deu corpo à tentativa de afirmação tricolor, mas a mira do argentino não estava afinada. Ao contrário do que aconteceu com Henrique Pereira: cruzamento da esquerda de Miguel Sousa, corte incompleto de Tiago Gabriel e remate certeiro do extremo cedido pelo Benfica. Foi uma águia a liderar o voo de um ganso renascido.
Os amadorenses reagiram com ímpeto, mas Rodrigo Pinho, Kikas e Leonel Bucca (que tiro à barra!) deram corpo à desinspiração.