Após a derrota por 1-0 diante do Moreirense, o Vizela ficou matematicamente despromovido à II Liga, uma realidade amarga para os adeptos que ainda acalentavam esperanças no "milagre" da permanência.
O cenário de descida era há algum tempo previsível, dada a sequência de resultados negativos da equipa minhota nas últimas 16 jornadas, com 11 derrotas, 3 empates e apenas 2 vitórias. Ironicamente, o calendário da segunda volta parecia mais favorável às equipas que lutavam pela manutenção.
Uma época acidentada
A temporada do Vizela foi marcada por diversas saídas de jogadores importantes, como Igor Julião, Ivanildo, Kiki Afonso, Raphael Guzzo, Kiko Bondoso e Osmajic, além da saída do treinador Manuel Tulipa. As contratações de reforço, como Bruno Wilson e Nuno Moreira em janeiro, não conseguiram colmatar estas perdas.
O futuro da equipa já está a ser projetado, com o objetivo de regressar à I Liga na próxima época, apostando numa equipa que dê garantias de sucesso.
O desabafo do capitão Samu
São dias tristes que ninguém queria. Foi uma época diferente que termina com a não concretização do objetivo estabelecido. Devemos uma mensagem de agradecimento aos adeptos, pois estiveram connosco a época toda. Posso concordar que sim, é o momento mais triste da minha carreira, lamentou o capitão Samu, em declarações à Sport TV.
Também nas redes sociais, o médio português de 28 anos expressou a sua tristeza, afirmando que o Vizela faz parte da sua «identidade, faz parte daquilo que eu sou, enquanto profissional mas também enquanto pessoa».
O futuro do Vizela
A direção da SAD do Vizela deverá aproveitar o mercado de verão para reforçar-se financeiramente com a venda de jogadores como Essende, o maior goleador da história do clube. O avançado francês, de 26 anos, renovou contrato até 2026, mas poderá sair por uma verba inferior à cláusula de rescisão de 8 milhões de euros.
Quanto aos restantes clubes em risco de descida, Chaves, Portimonense, Estrela da Amadora e Boavista são os que se encontram em situação mais complicada.