As próximas eleições na Federação Portuguesa de Ténis (FPT), agendadas para este sábado, têm sido alvo de contestação por parte de diversos agentes do ténis português. João Lagos, empresário que liderou o Estoril Open entre 1990 e 2014, denunciou o que considera serem «eleições vergonhosas», criticando a indicação do presidente cessante, Vasco Costa, para ocupar o cargo de secretário-geral da federação.
Pedidos de intervenção
Segundo Lagos, o empresário revelou ter apresentado uma «exposição e pedido formal de intervenção» ao presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Secretário de Estado do Desporto, Tribunal Arbitral do Desporto e Procuradoria-Geral da República. «Quando os valores da ética e da integridade estão em causa, o silêncio não é uma opção», afirmou.
Lagos considera que «o ténis português merece líderes que sirvam a modalidade, não os seus próprios interesses». Nas eleições, há apenas uma lista, encabeçada por João Paulo Santos, vice-presidente de Vasco Costa nos últimos 12 anos, o que tem gerado protestos de várias associações de ténis.
Críticas das associações
As associações de ténis do Porto, Leiria, Aveiro e Vila Real criticaram, em comunicado, a forma como foi construída a candidatura de João Paulo Santos, «bem como a sua proposta para governação da FPT», considerando que «não era a adequada» para «prosseguir o ciclo de desenvolvimento do ténis em Portugal». Já a Associação de Ténis de Lisboa considerou a situação «grave e alarmante de inobservância das regras, violação da gestão democrática e transparente, atropelo de princípios gerais, desobrigação para com deveres de representação e responsabilidades».
João Lagos prometeu avançar com outro tipo de iniciativas para defender o futuro do ténis em Portugal, que, segundo ele, está em causa neste processo eleitoral.