Estoril procura vitória na Liga após eliminação da Taça
Depois da eliminação na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal frente ao Lusitano de Évora, nos penáltis, o Estoril volta a centrar atenções na Liga Betclic e este sábado recebe o Arouca para a 9.ª jornada. Ian Cathro, treinador escocês dos canarinhos, fez esta sexta-feira a antevisão à partida e abordou o atual momento delicado da equipa, deixando ainda elogios ao adversário que vai ter pela frente.
Impacto dos resultados negativos
Questionado sobre o impacto dos resultados negativos na preparação da equipa, Cathro reconheceu que «têm sempre impacto, depois do jogo e no dia a seguir», mas garantiu que «temos de ser homenzinhos para saber lidar com este momentos». O treinador do Estoril revelou que «foi uma boa semana de trabalho para preparar o jogo e já não tem impacto».
Insatisfação com os resultados
Apesar de o Estoril ter mais pontos do que na época passada à 8.ª jornada, Cathro não quis fazer comparações: «A nível de pontos, a análise faz-se no fim. É normal fazer-se a comparação com épocas anteriores, mas não vejo as coisas assim. Estamos todos insatisfeitos com os resultados, queríamos ter mais pontos, infelizmente não temos, mas sabemos o que temos pela frente e o que queremos, que é ganhar mais vezes.»
O técnico escocês entende a contestação dos adeptos: «Todos nos sentimos insatisfeitos, não há dúvidas. Já disse várias vezes aqui, o futebol é o momento. Hoje todos somos muito assim ao nível dos resultados. Por vezes esquecemos o passado. Mas entendo a reação. Mas não haja dúvidas que sentimos isso mais que ninguém. Mas temos e tenho outra responsabilidade, que é garantir o trabalho diário e continuarmos o nosso caminho, melhorar e ficar mais perto dos resultados que queremos.»
Segurança do cargo
Questionado sobre a possibilidade de perder o lugar caso não consiga vitórias, Cathro foi perentório: «Alguém que quer ser treinador tem de aceitar, no primeiro dia, que esse pode ser o último. Para quem não anda nesta realidade, nesta vida, é simplesmente isso. Se queremos falar sobre a história, pode-se falar todos os dias. Não vivo assim, não sinto nada disso. Cada um que entra nessa vida tem de aceitar a realidade. Se não são capazes de lidar com isso têm de procurar outro trabalho. Estou tranquilo. O importante é a capacidade de ter estabilidade no nosso trabalho. Se compararmos com o passado, a mudança constante também não deu e não tem dado muito bons resultados.»