Enquanto o comando técnico do Estoril parece estar assegurado, com a renovação de Vasco Seabra por mais uma temporada, o mesmo não se pode dizer do plantel, que atravessa uma reestruturação, motivada pelo final de empréstimos e contratos expirados de uma vasta maioria dos atletas.
Além destes casos, existem também situações em que, apesar de a ligação contratual ainda persistir, não existe vontade de ambas as partes relativamente à continuidade. É esse o caso de Mor Ndiaye e Raul Parra, reforço dos canarinhos no último verão que não conseguiu impor-se no onze.
Raul Parra: Adaptação difícil e perda de espaço
Contratado ao Cádiz, inicialmente como lateral direito para um Estoril que iniciou a sua época planeando jogar numa defesa a quatro, o espanhol Raul Parra teve de aguardar pela quarta jornada da Liga para se estrear como titular, numa derrota em casa ante o Boavista. No entanto, não conseguiu a regularidade que desejava, vendo a sua ação ainda mais limitada com a alteração tática promovida para que a equipa passasse a apresentar um sistema de três centrais.
«Parra, que já revelava dificuldades em afirmar-se como lateral direito, foi reaproveitado como central pelo lado direito no trio de centrais dos canarinhos, mas apenas foi opção regular nos meses de novembro e dezembro com cinco titularidades consecutivas nesse período», explica a nota.
Fim de contrato em vista
Segundo a informação, «em janeiro, com o reforço do setor defensivo e a chegada de João Basso, o espanhol perdeu espaço e foi utilizado em apenas mais seis ocasiões até ao final da temporada, apenas duas como titular, e a saída surge como cenário natural.»
O Estoril volta a perspetivar o reforço do eixo da defesa e da ala direita, onde Parra poderia atuar, e o jogador de 24 anos «não continuará no plantel». O camisola 2 ainda detém dois anos de contrato por cumprir, pelo que o emblema da Amoreira terá de encontrar uma solução para o jogador, «encontrando-se já a trabalhar nesse sentido de forma a encontrar uma solução para que possa sair por empréstimo, com opção de compra ou, de preferência, um acordo em definitivo que permita ao Estoril abdicar dos direitos económicos que detém sobre o jogador – o Cádiz detém uma parcela.»
Solução a definir
Caso o Estoril não encontre alternativas que correspondam às suas expectativas para libertar o atleta, «prevê-se também a possibilidade de ser dada aos seus representantes uma carta branca para encontrar novo clube.» O regresso a Espanha, «mais precisamente para um emblema de segundo escalão, surge como uma alternativa válida em função do cartel do atleta nesse contexto.»