O futebol é frequentemente uma oportunidade de renovação e o Estoril tem sido um exemplo claro disso no seu meio-campo. Desde janeiro, Mor Ndiaye tem vindo a ganhar destaque na equipa, passando de uma das últimas opções para uma peça indispensável do plantel estorilista. Com a lesão de Jordan Holsgrove e a saída de Koba Koindredi para o Sporting, Ndiaye agarrou esta oportunidade e tem aproveitado ao máximo.
A atual ascensão de Ndiaye deve-se a uma conjugação de fatores que o médio senegalês soube aproveitar. Após a final da Taça da Liga contra o SC Braga, Holsgrove sofreu uma entorse e ficou fora das opções, assim como Koindredi, que rumou ao Sporting. Além disso, a saída de Alex Soares e a fase inicial de integração de Vinícius Zanocelo abriram espaço para Ndiaye mostrar o seu valor.
Nas últimas semanas, Ndiaye assumiu a titularidade nos jogos contra o Rio Ave e o Estrela da Amadora, deixando uma boa impressão com as suas prestações. Com poucas alternativas disponíveis, o médio senegalês agarrou a oportunidade e provou ser uma aposta certeira para o treinador Vasco Seabra.
Nos últimos três meses, o meio-campo do Estoril tem passado por uma rotação intencional, mas com a chegada de Zanocelo e a afirmação de Ndiaye, o treinador poderá gerir a utilização de cada jogador de forma a beneficiar o coletivo e o desenvolvimento individual de cada um.
O caso de Ndiaye é um exemplo notável dessa evolução. Entre julho e janeiro, o médio defensivo somou apenas 43 minutos em campo, divididos por quatro jogos. No entanto, nos dois últimos jogos, Ndiaye quadruplicou esse tempo, acumulando um total de 169 minutos.
A utilização de Holsgrove ainda está em dúvida para o próximo jogo contra o Boavista, mas a boa resposta de Ndiaye torna-o um forte candidato a manter-se na equipa titular. Com isso, ele terá a sua terceira titularidade consecutiva, formando uma grande dupla com Mateus Fernandes, como se viu na vitória sobre o Estrela da Amadora na jornada anterior.