Conceição compara conversa com Villas-Boas ao Tratado de Zamora

  1. Sérgio Conceição compara conversa com André Villas-Boas ao histórico Tratado de Zamora de 1143
  2. Conceição considera a conversa com o novo presidente «uma conversa normal»
  3. Treinador do FC Porto mantém-se «à margem do ruído» em torno da transição de presidência
  4. Conceição afasta-se do «ruído» sobre o comunicado da agência de Iván Jaime

Conceição compara conversa com Villas-Boas ao histórico Tratado de Zamora

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, abordou em conferência de imprensa a conversa que ainda não teve com o novo presidente eleito, André Villas-Boas. Conceição comparou essa futura conversa ao famoso Tratado de Zamora, assinado em 1143 entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII.

Uma "conversa normal" entre presidente e treinador

«Esta conversa faz-me lembrar aquilo que dei em História, o Tratado de Zamora, em 1143, entre D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII. Será uma conversa normal entre o presidente e um funcionário do clube, neste caso o treinador. Todas as questões que André Villas-Boas fizer eu vou responder, com certeza que ele vai falar com vários funcionários e inteirar-se de várias coisas, acho normal», afirmou Conceição.

O técnico portista mostrou-se cauteloso e admitiu estar disposto a falar com André Villas-Boas, o novo presidente eleito do FC Porto. «Não sei o que André Villas-Boas me vai perguntar, mas parece que estamos a falar de uma conversa que não é normal, o presidente sentar-se com o treinador. Não vejo nada de estranho [na conversa]», vincou.

Conceição mantém-se à margem do "ruído"

Questionado se já tinha conversado com Villas-Boas, Conceição voltou a comparar a situação ao Tratado de Zamora. «Esta conversa faz-me lembrar o que dei em História, o Tratado de Zamora. É uma conversa normal, do presidente para um funcionário do clube que é o treinador. Todas as questões que o novo presidente quiser falar comigo, vou responder. Vai inteirar-se de várias coisas, falar com todos funcionários. Acho normal», afirmou.

Conceição mostrou-se cauteloso e à margem de todo o "ruído" que tem envolvido a transição de presidência no FC Porto. «Agora, gosto de ver duas pessoas a abraçarem-se [Pinto da Costa e Villas-Boas], é bom sinal», disse o técnico, referindo-se ao momento em que o novo presidente eleito foi ao camarote presidencial abraçar Pinto da Costa, durante um jogo de voleibol feminino.

O treinador do FC Porto garantiu que se manterá «à margem do ruído que existe neste período do nosso clube» e que irá focar-se em preparar a equipa para o próximo jogo, frente ao Desportivo de Chaves. «Tenho de me focar no que é importante e viver um pouco à margem deste ruído e deste período do nosso clube», afirmou.

Conceição afasta-se do "ruído" sobre Iván Jaime

Quanto ao comunicado da agência de Iván Jaime, Conceição afirmou que «todo esse ruído não tem haver» consigo. «A equipa técnica decide o que fazer em função da produção e do trabalho dos atletas. Podem trabalhar vários grupos diferentes e nós temos uma equipa profissional grande. Vi o comunicado, mas não li», disse.

Apesar de todas as questões relacionadas com a transição de presidência no FC Porto, Conceição manteve-se focado no próximo desafio da sua equipa. «É um fator de motivação para os jogadores [do Chaves], defrontarem o FC Porto, um grande do futebol português e perceberem que dentro desse jogo vão ter a esperança de ficarem na I Liga. Nós temos de olhar para o nosso jogo. Preparámos nestas semanas limpas, deu tempo para nos prepararmos tendo em conta algumas ausências. Vamos encarar o melhor jogo da melhor forma para ganhar», concluiu.

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