Na antevisão à receção do Chaves ao Rio Ave, agendada para este domingo, Moreno frisa a importância do desafio para as contas da manutenção, mas sacode a pressão para si próprio. Sylla, que ainda treina de forma condicionada, e Pedro Pinho, lesionado, são baixas para o encontro frente aos vila-condenses. Ygor Nogueira, por outro lado, está recuperado, e poderá ser opção para o treinador dos transmontanos.

- Acredita que pode ser um jogo decisivo para as contas finais do campeonato?

- «Decisivo não sei, mas importante é. Não fugimos dessa realidade. Agora, faço questão que essa carga emocional, de percebermos que o jogo é muito importante, esteja só sobre mim, para que os atletas estejam libertos para fazerem o que melhor sabem. Nós precisamos muito deles, e se eles forem para dentro do campo com essa pressão extra, pode condicionar-lhes o rendimento. Percebemos que é o primeiro jogo da segunda volta, e criámos desafios internos. Precisamos de fazer muito melhor do que fizemos na primeira volta. Pontuar, ou se possível ganhar, já ao Rio Ave. É com estes pequenos desafios que nós acreditamos que vamos atingir o grande objetivo final.»

- Os três recentes reforços (Vasco Fernandes, Guzzo e Júnior Pius)  são importantes para fortalecer o plantel?

- «Sim, se não o fizessem não entravam. Antes de abrir o mercado, tinha dito isso. Quem entrasse, nós tínhamos de ter a convicção de que os atletas viriam para acrescentar. Não temos dúvidas de que quem entrou vai ajudar-nos. Ainda faltam 12 dias para fechar o mercado, se houver alguma oportunidade de entrar mais alguém, estamos abertos. Se não, temos de focar-nos naqueles que estão disponíveis, acreditamos neles.»

- O facto de o Chaves ter reforçado o centro da defesa satisfá-lo, tendo em conta que aprecia jogar com uma linha de três centrais?

- «É possível que isso aconteça, vamos ver amanhã... O perfil e as características dos atletas que vieram ajustam-se àquilo quer é defender com uma linha de três, ou cinco. Mas mais importante do que isso é a equipa estar identificada em todos os momentos do jogo. Temos de delinear o que vamos fazer no domingo, porque só isso é que conseguimos controlar.»

- Que Rio Ave espera encontrar?

- «Um bom Rio Ave. Vimos aquilo que fizeram no Estádio da Luz, apesar da derrota por números, na minha opinião, exagerados. Antes disso, apresentaram-se também muito bem em Guimarães. É uma equipa com uma boa ideia de jogo. Estamos identificados com o que vamos encontrar, mas acima de tudo temos de olhar para nós, e acreditarmos naquilo que podemos fazer. O Rio Ave tem boa saída de bola, qualidade no momento com bola, atletas individuais muito interessantes. Estamos preparados para isso, sempre com a convicção de que nós também temos qualidade.»

- Adeptos estão a mobilizar-se em massa para o duelo de domingo. Isso pode trazer alguma pressão para os jogadores?

- «Essa pressão terá de recair só sobre o treinador. Não vejo problema nenhum em termos o estádio cheio, pelo contrário. Acho que isso é só uma vantagem. Temos de retribuir em campo com uma vitória, se possível jogando bem. Vamos precisar muito da ajuda dos nossos adeptos, porque a caminhada é difícil, mas acredito que é possível sair desta situação desconfortável.»