O Chaves, depois de duas épocas brilhantes, está a viver um mau momento e com muitos problemas para resolver. Relegado para último da tabela e com um calendário próximo nada abonatório - deslocação ao Dragão e a Famalicão e receção ao Sporting -, o ambiente interno está longe de ser brilhante, com inevitável burburinho sobre a continuidade de Moreno do comando técnico, o que, a confirmar-se, devolveria os tempos de mudanças frequentes (2018/19 foi a última época com três treinadores diferentes).
Apesar de o mercado de inverno poder ajudar, o presidente da SAD, Francisco José Carvalho, não é apologista de fazer contratações nesta altura, porque, justificou, são mais dispendiosas e normalmente não resolvem nada, pelo que é previsível não haver reforços em janeiro ou, então, apenas incursões cirúrgicas. A estratégia elaborada no início da temporada tem condicionado o rendimento. José Gomes, o treinador que estava no arranque, fez toda a pré-época com um plantel que incluiu jogadores que já deixaram o clube ou estão a disputar o Distrital de Vila Real, integrados na equipa B, por exemplo.
A equipa técnica atual, ou uma futura que a venha a substituir, se for o caso, dificilmente poderá fazer melhor, dadas as limitações do plantel, que, mesmo com um hipotético recurso ao mercado de inverno, dificilmente ficará equilibrado.
Os tempos estão difíceis e isso nota-se no comportamento dos adeptos flavienses, cada vez mais crispados com a SAD e as suas decisões, que, inclusivamente, se alargam ao próprio clube, o que promete ser ponto de caloroso debate na próxima assembleia geral de associados, que, segundo os estatutos do clube (n.º 2, art.º 19), deve ter lugar no terceiro trimestre de cada ano, mas que este ano vai realizar-se além do prazo, no caso, já em 2024.