O Casa Pia, atualmente no 6.º lugar da I Liga com 36 pontos, visita no sábado o Vitória de Guimarães, 8.º classificado com 32 pontos, numa partida da 24.ª jornada do campeonato. Apesar da diferença pontual, o técnico João Pereira pretende que a sua equipa mantenha o foco de lutar pelo 5.º lugar.

João Pereira destaca que o Casa Pia está a apenas 6 pontos de bater o recorde pontual do clube na I Liga, que é de 41 pontos. O treinador considera que os 36 pontos já garantidos praticamente asseguram a manutenção do clube, permitindo-lhes agora ter como objetivo atingir o 5.º lugar da tabela.

«Atacar o 5.º lugar, sempre a vitória»

«Atacar o quinto lugar, sempre a vitória. O futebol só faz sentido assim. Investimos e abdicamos tanto do nosso tempo, que não podemos ficar pelo meio termo, por aquela mentalidade dos coitadinhos ou do 'quase fizemos'. São 11 jogos e queremos criar a mentalidade de entrar para ganhar», afirmou João Pereira.

O técnico reconhece que o Vitória de Guimarães, que atualmente não ocupa lugares europeus, tem maior pressão para conquistar os três pontos, até porque o Casa Pia tem o seu «primeiro objetivo [da manutenção] muito próximo».

Vitória sob «muita exigência»

«O Luís Freire trabalha num clube com muita exigência e temos consciência disso. O Vitória de Guimarães não está nos lugares europeus e esses são os objetivos do clube. Tem de se alimentar de vitórias. A pressão está claramente do lado deles. Nós só temos de desfrutar», apontou João Pereira.

O treinador lamentou também a perda de um lugar de acesso à Liga Conferência, lembrando que na época passada o 6.º lugar do Casa Pia dava acesso a competições europeias e agora já não. Ainda assim, Pereira garantiu que os «gansos» não vão relaxar nesta reta final do campeonato.

Estabilidade nos clubes ainda longe da perfeição

João Pereira é um dos quatro treinadores que resistem nos mesmos conjuntos desde o início da época, a par de Vasco Matos (Santa Clara), Ian Cathro (Estoril Praia) e Tiago Margarido (Nacional). O técnico do Casa Pia ressalva que o país «ainda está longe da perfeição» no que toca à estabilidade nos clubes.

«Se remarmos todos no caminho da consistência, será mais benéfico na promoção do talento. Os treinadores e jogadores precisam de tempo para trabalhar e ter confiança. Temos muito talento, estamos no bom caminho, mas ainda não somos uma Liga muito próxima da perfeição», destacou.