O médio Nuno Moreira, de 24 anos, trocou o Casa Pia, da Liga Portugal, pelo Vasco da Gama, da Série A do Brasileirão, num negócio de 3,5 milhões de euros. Com esta contratação, o Vasco acentuou uma tendência recente de aposta em jogadores portugueses no futebol brasileiro.
Esta "invasão" de jogadores portugueses no Brasil segue-se a uma presença cada vez mais acentuada de treinadores lusos no campeonato brasileiro, algo que não é de estranhar dado o reconhecido prestígio do futebol português.
Portugueses em destaque no Brasileirão
Antes de Moreira, outros portugueses já tinham chegado ao Brasil, como Cédric, para o São Paulo, e Rafael Ramos, lateral-direito que atua no promovido Ceará. No Sport Recife, o médio Sérgio Oliveira, vindo do Olympiacos, juntou-se aos compatriotas Gonçalo Paciência e João Silva, todos com o aval do treinador Pepa.
«Apesar desta "invasão" de treinadores portugueses, apenas os três atletas do Sport Recife atuam sob o comando de um compatriota. Os demais jogadores portugueses no Brasil serão treinados por brasileiros, como Fábio Carille no Vasco, ou argentinos, como Luis Zubeldía no São Paulo. Nem Palmeiras, Cruzeiro ou Santos contam com portugueses nos seus plantéis.», recorda Paulo Madeira, antigo internacional português.
Tendência de internacionalização do Brasileirão
Além destes, outros jogadores com dupla nacionalidade, como Josué no Coritiba, Tobias Figueiredo no Athletico Paranaense e craques como Matheus Pereira, Philippe Coutinho, Tiquinho Soares ou David Luiz, também atuam no Brasileirão.
«A tendência de internacionalização do campeonato brasileiro não é nova, com atletas de todos os países sul-americanos presentes. Mas a chegada de jogadores de outros continentes, como o holandês Memphis Depay no Corinthians, o dinamarquês Braithwaite no Grêmio ou o francês Payet no Vasco, é mais recente.», acrescenta Paulo Madeira, que vivenciou a sua própria experiência no Fluminense em 2002, destacando as «diferenças entre o futebol brasileiro e o europeu da época, com o Brasil à frente fisicamente, mas "anos-luz" atrás taticamente.»
