Sem avanços nas negociações com Bruno Pinheiro
Pouco mais de uma semana depois da saída oficial de Gonçalo Santos, a Casa Pia continua a ter a posição de treinador vaga e é provável que assim continue nos próximos dias, uma vez que aquele que era a primeira opção para o cargo, Bruno Pinheiro, dificilmente deverá assinar com o clube lisboeta.
De acordo com o jornal A BOLA, não só não há qualquer progresso, como também existem alguns obstáculos que se afiguram praticamente intransponíveis e, portanto, o futuro do treinador de 47 anos dificilmente passará por Pina Manique.
Entrave financeiro nos impostos
Tal como o nosso jornal noticiou no final da semana passada, a Casa Pia aguardou o regresso de Bruno Pinheiro a Portugal - ele encontrava-se na Hungria por razões pessoais - para se reunir com o treinador e estes encontros têm decorrido nos últimos dias, mas sem resultados práticos: segundo a informação recolhida, o clube lisboeta não conseguiu apresentar argumentos suficientemente convincentes para que o antigo treinador do Al Sadd, do Catar, optasse por um regresso a Portugal.
«As reuniões entre as duas partes nos últimos dias, entre a administração da Casa Pia e Bruno Pinheiro, permitiram que cada uma das partes envolvidas tomasse conhecimento das exigências e necessidades da outra parte interessada, mas o desfecho dificilmente será um acordo, com o treinador a optar por permanecer livre no mercado e à espera de outras ofertas mais sedutoras, no plano desportivo mas, sobretudo, financeiro», revelou uma fonte próxima do processo.
A explicação para a intransigência de Bruno Pinheiro está relacionada com questões fiscais, diretamente ligadas ao facto de ter passado o ano de 2023 fora do país, mais concretamente no Catar, onde a carga fiscal é mais atrativa. Desta forma, um regresso imediato a Portugal implicaria uma penalização fiscal para o treinador, traduzida numa perda de benefícios financeiros que a Casa Pia não conseguiria evitar ou atenuar.
Bruno Pinheiro à espera de uma oferta irrecusável
Este ano passado em solo catari, numa segunda experiência depois de ter trabalhado durante três anos e meio no país, ao serviço da Aspire Academy e também da própria federação do Catar, permite a Bruno Pinheiro ter alguma folga financeira para poder aguardar um pouco mais por uma oferta que considere irrecusável.
Desta forma, Pinheiro pode juntar-se a um projeto com maiores ambições em qualquer localização... incluindo em Portugal, onde terá um mercado para além da Casa Pia. No entanto, e devido aos fatores apresentados acima, a possibilidade de o treinador regressar ao estrangeiro será a mais provável.