A conquista da Liga Europa de 2010/11 pelo FC Porto permanece inesquecível

  1. A conquista da Liga Europa em 2011 foi apenas um dos muitos troféus conquistados pelo FC Porto naquela época dourada, que também incluiu o campeonato nacional, a Taça de Portugal e a Supertaça.
  2. A final da Liga Europa, disputada em Dublin, foi um momento especial para Rolando e Varela.
  3. Naquela época, o plantel do FC Porto era composto por verdadeiras estrelas do futebol, como João Moutinho, Belluschi, Falcao, Hulk e o jovem James Rodríguez.
  4. André Villas-Boas, o então treinador do FC Porto, teve um papel fundamental na gestão daquele grupo repleto de personalidades fortes.

Mais de dez anos depois, a vitória do FC Porto na Liga Europa de 2010/11 permanece fresca na memória de Rolando e Silvestre Varela, dois jogadores que fizeram parte daquela equipa de sonho. Os craques portistas relembraram os detalhes dessa época dourada, que os levou a conquistar não só o troféu europeu, mas também o campeonato nacional, a Taça de Portugal e a Supertaça.

A final em Dublin


A final da Liga Europa, disputada em Dublin, foi um momento especial para Rolando e Varela. «Jogar com o Braga era como jogar com o vizinho. Essa final europeia foi espetacular por ter uma equipa portuguesa, mas estranha ao mesmo tempo. Estás no túnel de acesso ao relvado, vês a taça, olhas para o lado e vês o adversário do dia a dia, mas num jogo europeu. Mesmo assim, o sabor da vitória é sempre especial», destacou Rolando.

Uma equipa de sonho


Naquela época, o plantel do FC Porto era composto por verdadeiras estrelas do futebol, como João Moutinho, Belluschi, Falcao, Hulk e o jovem James Rodríguez. Segundo Varela, este último chegou a penar até conseguir um lugar fixo na equipa titular. Na final, foi preciso «dar à perna» e «rezar para 'São Helton' defender» uma grande oportunidade do Braga, quando Mossoró aproveitou uma perda de bola de Fernando.


«Foi um momento marcante por tudo, pelas conquistas, pelo grupo que tínhamos. Quando a coisa estava feia, estávamos sempre unidos e isso marcou-me muito», lembrou Varela.

A gestão de André Villas-Boas


André Villas-Boas, o então treinador do FC Porto, teve um papel fundamental na gestão daquele grupo repleto de personalidades fortes. «O grupo tinha muitas personalidades fortes e o míster ajudou muito ao montar um ringue de boxe no centro de treinos para quem quisesse lutar e resolver as coisas frente a frente. Eram pequenos problemas e até saudáveis, se ninguém ultrapassasse os limites. Mas a partir daí não tivemos mais», recordou Varela.


Rolando também elogiou a forma como Villas-Boas conseguia transmitir confiança e antecipar o que iria acontecer. «Um dos segredos do míster foi a forma como geriu o grupo. Transmitia confiança e dizia-nos as coisas que iam acontecer. No balneário perguntávamos sempre como é que o homem sabia o que ia acontecer», revelou o antigo defesa.

A estratégia de Villas-Boas


Além dessa habilidade na gestão do grupo, Villas-Boas também demonstrava ser um estratega nato. «Quando íamos para o intervalo a perder, bastava o míster mudar duas ou três peças no balneário para mudar o jogo na segunda parte», contou Rolando. O duelo com o Villarreal, na meia-final da Liga Europa, foi um exemplo disso, com a equipa a marcar cinco golos após o intervalo, depois de estar a perder por 1-0.


«Naquele momento, o Villarreal estava melhor. Mas tínhamos o super Falcao a resolver na frente», concluiu o antigo central portista.