O SC Braga recebeu o Estoril na Pedreira numa noite fria que acabaria em gelo para os adeptos bracarenses. Apesar de vencer por 2-0, a equipa de Carlos Carvalhal não conseguiu segurar a vantagem e acabou por empatar 2-2 com os canarinhos.
O treinador bracarense tinha alertado para a subida de rendimento do Estoril nos últimos tempos, mas os seus jogadores não pareceram ter compreendido a mensagem. «Ao nível da compreensão de mensagens há vários elementos a precisar de apoio pedagógico e de reforço das aprendizagens», afirmou Carvalhal após o jogo.
## O inicio prometedor e a queda
O SC Braga entrou bem e chegou aos dois golos, primeiro por Bruma e depois com um segundo golo do mesmo jogador. «A aparente segurança deu lugar à incerteza num ápice, quando nada o fazia prever», descreveu o treinador.
Perto da hora de jogo, o Braga desperdiçou várias oportunidades claras de golo que lhe teriam permitido arrumar o resultado. «A ineficácia atacante esteve ao lado dos brácaros e teve a ajuda indesejada das falhas defensivas que se seguiram e ajudaram na ressurreição canarinha», analisou Carvalhal.
## As falhas defensivas e o golo de penálti
Num lance «aparentemente inofensivo», o central alemão Arrey-Mbi cometeu uma grande penalidade, numa «abordagem deficiente à bola» e numa «persistência no erro». «A este nível não é aceitável que um lance destes aconteça numa equipa que quer subir patamares, em especial no panorama nacional», criticou o treinador.
Até ao final, o Estoril chegou ao empate, em mais uma «abordagem defensiva deficiente do conjunto arsenalista». «A Pedreira gelava, numa equipa que não foi capaz de reagir a ponto de chegar ao triunfo, revelando uma postura que não deixou ninguém satisfeito, quer no relvado, quer nas bancadas», lamentou Carvalhal.
## O duro veredicto de Carvalhal
O treinador do Braga considerou que a sua equipa «deu mais do que um passo atrás», pois «deitou fora o que de positivo tinha sido construído nos últimos tempos» e «voltou a colocar no lixo uma vantagem de dois golos». «A tudo isto aliou-se uma ineficácia que impediu a equipa de engordar o resultado e deixou ainda a respirar um adversário que saiu de Braga com um empate feliz, que deixou as almas braguistas em sofrimento», concluiu.
Carvalhal apelou a que cada jogador faça «mais e melhor em prol do coletivo», pois «é mesmo necessário fazer mais para que a época não se torne enfadonha e dececionante, escondendo a qualidade que teoricamente existe no plantel bracarense».
