Derrota acesa no dérbi minhoto
O encontro entre o Sp. Braga e o V. Guimarães, que acabou com o triunfo dos guerreiros por 2-1, foi marcado por um lance de penálti que Fábio Veríssimo mandou repetir, causando a discórdia entre a equipa vimaranense.
Após o final da partida, o presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, mostrou-se muito crítico da arbitragem e acusou-a de «roubo».
Reação do presidente do Vitória
«Estamos indignados, o que se passou não é bom para o futebol português, mas a verdade é que, jogo após jogo, temos assistido a arbitragens que têm prejudicado o Vitória», começou por dizer o dirigente, salientando que casos destes não «deixam crescer» a equipa, prejudicada através de «um penálti escandaloso»: «É grave e lamentamos. Estou no futebol há três anos e a semana passada não foi assinalado um penálti que todos viram. Isto não faz sentido, se continuarmos neste caminho não estamos a valorizar o futebol e não podemos falar de centralização.»
O dirigente vitoriano ainda falou sobre o novo formato da Allianz Cup, que o próprio defendeu no passado: «A Liga já tinha implementado um modelo de final four, e o Vitória bateu-se por este modelo de quartos-de-final, mas a verdade é que vemos isto e não nos querem deixar crescer. O grupo está unido e revoltado internamente. No primeiro jogo da época, na Supertaça, houve um almoço com os com os quatro ditos grandes do futebol português e quando assim é muito difícil lutar contra estes interesses. Como adeptos, não nos vamos vergar e saímos daqui mais fortes porque não nos deixaram chegar à final-four. Agora, isto que se passou aqui consideramos um roubo. O que se passou foi uma vergonha», verificou António Miguel Cardoso.
Reação do Sp. Braga
Do lado do Sp. Braga, o central Niakaté destacou a importância da vitória, após ter marcado o primeiro golo da equipa: «Uma vitória importante para nós, que significa muito. Hoje, queriamos vencer o dérbi, é importante, muito mais do que o prémio individual. Foi um golo importante, para vencer o Vitória em nossa casa. Perdemos o jogo anterior por 2-0 e tínhamos que responder em nossa casa. Foi importante, foi um jogo em que recebi o cartão vermelho e desta vez conseguimos corrigir da melhor maneira. O que conta é o coletivo», afirmou Niakaté, distinguido como o MVP do encontro.
Já o treinador do Sp. Braga, Carlos Carvalhal, abordou os objetivos da equipa e a dificuldade da temporada: «O primeiro objetivo quando chegámos era manter o Braga nas competições europeias e depois entrar na Liga Europa, o que foi conseguido. Depois, o outro objetivo era chegar à final four da Taça da Liga, o que também foi conseguido. Entrámos muito bem, mas o adversário, na primeira vez que vai à nossa baliza, faz um excelente golo. Depois, reagimos, empatámos, numa primeira parte dividida. (...) Mas, a segunda parte não [foi dividida]. Tivemos mais oportunidades, algumas flagrantíssimas, para dilatar o marcador. Conseguimos o objetivo e estamos lá na 'final four' para defender o nosso título. (...) Sabemos o que sentimos e o que passámos depois do primeiro jogo [com o Vitória de Guimarães] para o campeonato [derrota por 2-0, em Braga]. Houve uma ressaca desse jogo e foi difícil. Temos muita gente nova no clube, alguma imaturidade e coincidiu também com algumas lesões. Ganhar é o contrário, dá-nos alento e dá moral à equipa. Mas, temos os pés no chão, a minha vida é tudo menos fácil, há um trabalho muito duro pela frente. Estamos a melhorar e a consolidar-nos, mas há muito caminho por fazer, não podemos perder o foco porque, à mínima distração, podemos espalhar-nos.»