Noite de Bruxas no dérbi
Não se acredita em bruxas, mas elas existem. E se elas existem, esta quinta-feira foi a noite delas. Em dia de Halloween, SC Braga e Vitória SC aqueceram a região do Minho com um dérbi que teve de tudo: bom futebol, nervos à flor da pele e polémica, muita polémica.
No final, os arsenalistas superiorizaram-se - de forma justa pela melhor segunda parte - e venceram por 2-1, resultado que permite à equipa avançar para a final four da Allianz Cup.
Onzes iniciais
Carlos Carvalhal promoveu apenas duas mudanças no onze em relação ao último duelo, com os regressos de João Moutinho e Roberto Fernández às escolhas. O técnico minhoto manteve a linha defensiva intacta e em alguns momentos voltou a ver-se a construção a três, com João Ferreira mais por dentro, mas desta vez o 4x2x3x1 foi predominante e Roger Fernandes foi mais extremo do que ala.
Do outro lado, Rui Borges lançou Charles Silva, Alberto Baio e João Mendes para o onze inicial. Todos responderam afirmativamente à chamada, mas um destaque particular para o lateral direito, que «vigiou muito bem Bruma e foi várias vezes solução para os vimaranenses saírem para o ataque».
Primeira parte equilibrada
Como manda a tradição, dérbi do Minho tem que ser quentinho no relvado e assim foi desde o primeiro minuto. Apesar das bancadas despidas no Municipal de Braga, também pelo boicote das claques de ambas as equipas à Allianz Cup, a temperatura subiu à flor da relva e a primeira parte foi durinha, mas também bem disputada.
Embora a desvantagem madrugadora, os «Gverreiros do Minho» mantiveram a cabeça fria e continuaram a ter mais bola, embora em matéria de oportunidades a partida se tenha equilibrado. Mais objetivo e a fazer bom uso da referência em Nélson Oliveira - «intratável no jogo em apoio e nas divididas com Sikou Niakaté» -, o Vitória SC chegou a zonas de finalização em menos toques e o SC Braga trabalhou mais os lances.
Reviravolta na segunda parte
Em Noite de Bruxas, a segunda parte foi a doçura para o SC Braga e a travessura para o Vitória SC. Carlos Carvalhal «ganhou com as alterações feitas, primeiro ao intervalo e depois nos minutos iniciais da segunda metade». O meio-campo com João Moutinho, André Horta e Rodrigo Zalazar permitiu aos arsenalistas superiorizarem-se ao adversário e Gabri Martínez trouxe agitação ao flanco direito por via da verticalidade que lhe é inata.
A equipa da casa aproximava-se do golo e ele acabou mesmo por surgir, ainda que com muita polémica à mistura. O vídeo-árbitro (VAR) chamou Fábio Veríssimo para rever um lance entre Amine El Ouazzani e Toni Borevkovic e «embora não aparente existir grande penalidade, o árbitro da partida teve uma opinião contrária, apontou para a marca e expulsou o defesa central croata».
Braga segura a vantagem
Com menos uma unidade e a precisar de correr atrás do resultado, o Vitória SC perdeu o equilíbrio e o SC Braga teve várias chances para matar a eliminatória, mas a finalização deixou a desejar. Ainda assim, a equipa bracarense segurou a vantagem e equilibrou o score na temporada 2024/25 com o eterno rival, vingando o desaire sofrido na partida do campeonato.
O conjunto de Carlos Carvalhal segue, desta forma, para a fase final de Leiria.