O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) irá começar esta quarta-feira a julgar o recurso apresentado pelo Sporting de Braga contra a decisão da FIFA de indemnizar o Málaga em 11,8 milhões de euros (mais 1.500 euros em juros diários) devido à transferência de Ricardo Horta em 2016.
A direção do Sporting de Braga, liderada por António Salvador, é acusada de ter violado uma cláusula incluída no acordo referente à aquisição do internacional português, que os obrigava a informar os espanhóis de qualquer proposta superior a cinco milhões de euros. Segundo a rádio espanhola Radio Marca, os arsenalistas receberam duas ofertas deste tipo em 2022, ambas do Benfica, no valor de 10 milhões de euros e 17,5 milhões de euros, que não foram comunicadas ao Málaga.
O administrador judicial do Málaga, José María Muñoz, irá prestar declarações na sede do TAS, em Nyon, na Suíça, acompanhado pelos advogados. No momento, o montante total a que os espanhóis alegam ter direito ronda os 15 milhões de euros, sendo que 40% desta quantia pertence ao empresário português Jorge Mendes, responsável por intermediar as negociações na altura.
O Benfica surge também nesta «guerra» entre o Sporting de Braga e o Málaga, uma vez que as duas propostas feitas pelos encarnados pela contratação de Ricardo Horta, que não foram comunicadas aos espanhóis, são parte central do litígio.