O Sporting de Braga foi condenado pelo Tribunal a pagar uma indemnização no valor de 431 mil euros líquidos, aos quais acresce o valor referente a 16 anos de juros de mora e compulsórios a Sebastião Campos, antigo funcionário do clube. Sebastião Campos, antigo gestor da sala de Bingo do clube arsenalista, inicialmente pedia dois milhões de euros, mas acabou por receber um valor substancialmente inferior.
O litígio entre o SC Braga e Sebastião Campos remonta a 2008, quando o ex-gestor da sala de Bingo dos bracarenses colocou uma ação contra o clube. O despedimento coletivo de todos os trabalhadores do Bingo, devido a problemas financeiros, foi o ponto central da disputa. Enquanto outros funcionários chegaram a acordo com o clube nos últimos anos, Sebastião Campos manteve-se firme nas suas pretensões.
Longa batalha judicial
O comunicado oficial do Braga destaca: «Ao longo dos últimos 16 anos, o SC Braga travou uma longa batalha judicial, recorrendo até às últimas instâncias para fazer valer a sua posição legal. Apesar da decisão final redundar num valor bastante mais baixo do que as pretensões iniciais de Sebastião Campos, o clube mantém-se firme na convicção de que é uma decisão injusta e que não reflete os factos e vicissitudes ocorridos durante a ligação laboral entre o SC Braga e o seu ex-funcionário».
Encerramento da Sala de Bingo
O antigo diretor do Bingo, Sebastião Campos, desde 1983 desempenhava funções de gestor na Sala de Bingo do SC Braga, que encerrou em 2008 devido a prejuízos financeiros acumulados ao longo dos anos anteriores. O processo judicial envolveu todos os trabalhadores do Bingo afetados pelo despedimento coletivo, num total superior a 10 funcionários. Enquanto alguns chegaram a acordo com o clube, Sebastião Campos manteve-se intransigente na sua posição.
Conclusão do processo judicial
Apesar da decisão final ter sido desfavorável às suas pretensões, o Sporting de Braga mantém-se firme na sua posição, considerando a indemnização como injusta e não refletindo os factos e vicissitudes ocorridos durante a relação laboral entre o clube e o ex-funcionário. O clube liderado por António Salvador conclui que a decisão não corresponde à realidade dos acontecimentos.
Este desfecho marca o fim de um longo processo judicial que se arrastou por 16 anos, culminando com a decisão do Tribunal em favor de Sebastião Campos. A indemnização de 431 mil euros, acrescida dos juros de mora e compulsórios, representa um desfecho significativo para ambas as partes envolvidas.