Esta semana, o treinador do SC Braga, Artur Jorge, abordou um tema que raramente é discutido no futebol: a saúde mental dos jogadores. Em uma conferência de imprensa, ele expressou sua preocupação com a falta de abertura para debater esse assunto e apontou as redes sociais como uma ferramenta negativa. Segundo o treinador, as redes sociais funcionam como 'armas' que são utilizadas por pessoas que se escondem atrás de um computador.
Artur Jorge ressalta a importância de não ignorar essa questão e enfatiza que é hora de deixar de lado a ideia de que o futebol é um ambiente onde não existem problemas de saúde mental. Ele afirma: 'Está mais do que na hora de o futebol deixar de ser visto - e fomentado - como o lugar onde não há problemas de saúde mental, homofobia, racismo ou machismo.'
Thierry Henry, um dos jogadores mais emblemáticos da viragem do século, também falou sobre a sua experiência com a saúde mental. O antigo jogador revelou que passou grande parte da sua carreira provavelmente em depressão, chorando constantemente. Henry atribui essa pressão principalmente às expectativas impostas por seu pai desde a infância, que viam o sucesso no futebol como a única maneira de ser feliz. Essa pressão e obsessão pela dedicação extrema desde cedo são comuns em muitos jogadores e podem ter um impacto significativo na saúde mental.
É essencial abordar a saúde mental dos jogadores e tomar medidas para prevenir e apoiar aqueles que enfrentam dificuldades. É necessário um ambiente em que haja menos tabus, mais atenção e apoio, e menos preconceito e ignorância. Ao falar abertamente sobre o tema, personalidades como Artur Jorge e Thierry Henry podem se tornar exemplos inspiradores para os mais jovens e ajudar a acabar com o estigma em torno da saúde mental no futebol.
Se você precisa de ajuda imediata ou aconselhamento profissional, ligue para a linha de aconselhamento psicológico do SNS24: 800 24 24 24 (selecione a opção 4 - aconselhamento psicológico).