Crise no Boavista Futebol Clube: Um pesadelo sem fim

  1. Passivo de 156 milhões de euros
  2. Descida forçada à Liga 3
  3. João Alves critica o futebol moderno
  4. Direção surpreendida com a não inscrição

A crise que atinge o Boavista Futebol Clube revela-se como um pesadelo que parece não ter fim. A administração da SAD enfrenta severas dificuldades financeiras, com um passivo astronómico de 156 milhões de euros, colocando em risco a continuidade do clube nas competições profissionais. Portanto, a expectativa recai sobre os jogadores e a comissão técnica, que permanecem sem respostas claras sobre o futuro da instituição. Apesar dos salários estarem em dia, jogadores como Sidoine Fogning, Joel Silva e Bozenik encontram-se atados a contratos que não permitem rescisão por justa causa, numa situação cada vez mais angustiante.

O tecer da crise culminou na incapacidade de inscrição na Liga para competir no segundo escalão, o que desencadeou uma descida forçada à Liga 3. Com a administração da SAD, que tentara transferir 2,5 milhões de euros para regularizar a situação, ainda sem soluções à vista, a manutenção na II Liga tornou-se uma miragem. Sem apresentar as certidões de não dívida à Autoridade Tributária e à Segurança Social, a SAD falhou em garantir a sua presença nas competições organizadas pela Liga.

Declarações de João Alves

João Alves, o mítico “luvas pretas”, expressou sua estupefação com a queda do Boavista, afirmando que “o declínio axadrezado está relacionado com o funcionamento do futebol moderno, em que vários clubes deixaram de ser dos adeptos e dos sócios.” Esta observação levanta uma reflexão sobre a importância da ligação entre os clubes e suas torcidas, especialmente em momentos de crise.

A realidade vivida pelo Boavista ressoa e provoca questionamentos sobre a verdadeira essência do desporto. O desafio será restaurar essa conexão perdida e resgatar a confiança dos adeptos na gestão do clube.

Comunicado da Direção do Boavista

Por sua vez, a Direção do clube, presidida por Rui Garrido Pereira, emitiu um comunicado onde se demarcou das responsabilidades na não inscrição da equipa profissional na Liga, acusando a SAD de falta de diálogo. Neste comunicado, afirmaram: “Fomos todos surpreendidos com a notícia da não inscrição da equipa profissional da Boavista FC, Futebol SAD, na II Liga. Até então, tudo indicava, pelas informações públicas e internas, que os procedimentos estavam a decorrer dentro dos prazos.”

A falta de colaboração entre a SAD e o clube é uma crítica recorrente da Direção, que lamenta não ter sido envolvida no processo, apesar das tentativas de diálogo. Este desentendimento agrava ainda mais a instabilidade que afeta o clube.

Incertezas sobre o futuro

Com o próprio futuro da equipa profissional e dos seus treinadores em risco, a saída de jogadores com mercado como Fogning e Joel Silva agrava ainda mais a situação. A incerteza paira sobre a continuidade de Stuart Baxter como treinador, numa época marcada pela instabilidade técnica e fragilidades de um plantel que, apesar de bater concorrentes diretos, não conseguiu evitar a degradação.

Além disso, outro fator que complica a situação são os terrenos do Bessa, atualmente em leilão e já ocupados por um inquilino com contrato válido até junho de 2075. A aquisição dos terrenos está condicionada a esse contrato, limitando o potencial do futuro proprietário: “Quem vier a adquirir os terrenos herdará também o contrato de arrendamento em vigor.” Esta situação adiciona mais complexidade ao processo de revitalização da SAD, que já se encontra num momento crítico.

Consequências para a II Liga

A Oliveirense, que ficou em penúltimo lugar no segundo escalão, é a grande beneficiada com esta situação, já que se encontra a preparar uma candidatura para ocupar a vaga deixada pelo Boavista na II Liga. O clube de Oliveira de Azeméis, decidido a voltar a competir, apresentará na próxima segunda-feira toda a documentação necessária para a inscrição, seguindo um caminho que se opõe ao do Boavista.

Neste momento, o desfecho do Boavista continua rodeado de incertezas. À medida que a situação se agrava, os adeptos observam com apreensão o possível regresso ao terceiro escalão do futebol português, algo que não acontecia desde 2013/14. A potente história do Boavista, recordada por suas glórias passadas, torna este momento ainda mais doloroso.

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