O hino do Boavista ilustra perfeitamente a resiliência e determinação da sua equipa: “O Boavista, por muito mal que esteja, levanta-se, reergue-se, resiste”. Este espírito de luta foi destacado por Litos, ex-jogador do clube, que agora observa uma equipa que, apesar das adversidades, se mantém firme na luta.

Litos não hesitou em sublinhar as dificuldades que a equipa enfrentou esta época, incluindo problemas financeiros que levaram a cortes de eletricidade e afetaram os salários. Contudo, a recente vitória na Vila das Aves marcou um momento crucial para a equipa, sendo uma demonstração de que é sentimento e uma afirmação de “querer e de abnegação”, conforme mencionado por Tavares Rijo, antigo dirigente do Boavista.

Dificuldades e Superação

Ambos os ex-altos responsáveis pelo clube concordam que a palavra que melhor define a capacidade de superação do Boavista é simplesmente raça. Tavares Rijo enfatiza: “O Boavista, por muito mal que esteja, levanta-se, reergue-se, resiste”. Esta capacidade de não desistir, mesmo em tempos difíceis, é o que caracteriza este emblema.

A confiança na capacidade de recuperação foi expressa por Rijo, que acredita firmemente no trabalho do treinador Stuart Baxter: “Já ultrapassámos batalhas muito difíceis que ninguém previa: ganhar em Faro e na Vila das Aves, a dois concorrentes diretos. Há que acreditar”. O ex-dirigente vê sinais positivos nas duas vitórias sob a orientação de Baxter e na transição feita por Jorge Couto, que contrastam com os escassos pontos conseguidos anteriormente por Lito Vidigal.

União entre Jogadores e Adeptos

Litos também relevou a união que existe entre os jogadores. Ele sente que a equipa está “com muita raça, aguerrida” e que os jogadores estão focados em ganhar e sair da situação em que se encontram. Para ele, “o treinador é muito importante, mas, lá dentro, são os futebolistas que têm de desenvolver o futebol, e são eles que têm de dar a volta ao jogo”.

A contribuição dos adeptos não pode ser subestimada neste contexto. Tavares Rijo acredita que: “Quando a equipa está fragilizada, quando a administração está menos motivada, a massa associativa ergue-se”. Este apoio indelével e o que Rijo descreve como “o espírito da pantera” são essenciais para manter o moral alto quando as dificuldades se acumulam.

História de Luta e Perseverança

A história do Boavista, marcada por altos e baixos, é também uma história de luta e perseverança. Com a determinação de quem sente a necessidade de se reerguer, a equipa continua a lutar pelas melhores posições na tabela, reafirmando a sua identidade e legado no futebol português.