A Vila das Aves prepara-se para um confronto de alta tensão. O AFS e o Boavista encontram-se num jogo considerado crucial na luta pela manutenção na Liga Portugal. Ambas as equipas, a atravessar momentos delicados, procuram desesperadamente os três pontos que podem ditar o seu futuro no campeonato. A pressão é imensa e os discursos dos treinadores refletem a importância do embate.
Rui Ferreira, treinador da equipa da casa, não esconde a importância do jogo, afirmando: “Não é decisivo, mas é de extrema importância. Contra um adversário direto e a jogarmos em casa, temos de provar a nós mesmos, temos de fazer o nosso trabalho.”
Para Ferreira, a chave está em conquistar os pontos, sem esperar por deslizes alheios: “Não chega estarmos à espera que os outros escorreguem, temos de fazer o nosso trabalho e perceber que temos de conquistar os três pontos.”
A Mentalidade Vencedora
Do lado do Boavista, Stuart Baxter também sublinha a vitalidade do confronto. O técnico escocês destaca o foco e o trabalho da equipa: “Estamos com o foco e o trabalho a cem por cento. Se não formos bem-sucedidos, não somos. Mas não quero que os jogadores entrem com medo de perder. Quero que queiram ganhar, há uma grande diferença.”
Para Baxter, o fator psicológico é determinante: “A única coisa que devemos temer é o medo em si mesmo.”
O treinador pantera acredita que a mentalidade dos seus jogadores será crucial para superar este momento de dificuldade e alcançar o sucesso em Vila das Aves.
O Respeito Pelo Adversário
Apesar da rivalidade na luta pela sobrevivência, Rui Ferreira mostra respeito pelo adversário: “Nunca se deram por vencidos. Só por aí, temos de ter o máximo de respeito. É uma equipa que vale pelo todo, pela capacidade de entrega e de superação.”
O técnico do AFS reconhece que a luta pela manutenção é uma realidade para ambos os clubes, e que a equipa de Baxter tem apresentado melhorias: “Temos de nos preocupar e avaliar desde a entrada deste treinador e jogaram bem contra o Farense.”
O Papel dos Adeptos e a Gestão das Emoções
Stuart Baxter aponta que o contexto do jogo pode influenciar o desempenho das equipas: “O contexto pode ditar o quão confortáveis as equipas se vão sentir. Por exemplo, se marcarmos um golo no início, o AFS vai ficar muito nervoso.”
O técnico boavisteiro salienta a necessidade dos jogadores em tomar as melhores decisões sob pressão: “Os jogadores vão ter de tomar as melhores decisões.”
O apoio dos adeptos também é visto como um fator importante. Baxter destaca a importância da massa associativa do Boavista: “Acredito realmente que os jogadores darão o máximo, porque falo com eles sobre os nossos adeptos. São fantásticos, faremos tudo por eles.”
A presença dos adeptos pode ser um incentivo extra para as equipas num jogo onde as emoções estarão à flor da pele.