Os diretores das várias modalidades do Boavista emitiram um ultimato à atual Direção do clube, liderada por Garrido Pereira, eleito em janeiro. Em causa estão os salários e subsídios em atraso há mais de dois meses de treinadores, staff e atletas dessas modalidades.
Num documento interno que chegou a público, os cinco dirigentes subscritores afirmam que a «continuada inação e a ausência de respostas concretas» da Direção aos problemas que colocam em risco a prática desportiva vai levar à suspensão da estrutura dirigente das respetivas modalidades num prazo de 72 horas, caso não haja uma resolução imediata.
Os salários em atraso reportam-se aos meses de dezembro e janeiro, estando o pagamento de fevereiro também ameaçado. Os problemas financeiros têm sido recorrentes nos últimos anos, não se limitando apenas ao atual mandato.
O incumprimento salarial afeta também os funcionários do clube, que ameaçam paralisar funções caso não recebam pelo menos um dos três meses em atraso. Isto poderá afetar a abertura das instalações, incluindo o Estádio do Bessa, embora não esteja em causa a realização do jogo Boavista-Santa Clara, amanhã.
Os responsáveis pelas modalidades denunciam a «ausência de comunicação concertada» entre os departamentos e a «inexistência de um plano estratégico» por parte da Direção de Garrido Pereira, expressando a «perda de confiança» e exigindo a apresentação do projeto desportivo/financeiro para as modalidades no prazo de um mês.
