O Boavista anunciou, no sábado, que aceitou o pedido de demissão apresentado por Cristiano Bacci, que deixa o comando técnico da equipa principal com efeitos imediatos. O treinador italiano, que chegou ao Bessa em junho de 2022 para suceder a Jorge Simão, alegou não ter as condições necessárias para competir em igualdade com as restantes equipas da I Liga.
Falta de reforços e problemas disciplinares
Quando assumiu o cargo, Bacci já sabia que teria um plantel limitado à sua disposição, mas ficou ainda mais desiludido com os últimos acontecimentos relacionados com o mercado de transferências. Além de não ter recebido qualquer reforço, o técnico viu o grupo fragilizado pela venda de Bruno Onyemaechi ao Olympiacos. Somando a isso, Bacci perdeu recentemente o jovem Marco Ribeiro, que sofreu uma grave lesão, e ainda enfrenta problemas disciplinares com Rodrigo Abascal e Seba Pérez, dois dos jogadores mais experientes do plantel.
Expectativa de desbloquear inscrição de jogadores
Mesmo ciente dos esforços da SAD boavisteira para levantar as proibições de inscrição de jogadores impostas pela FIFA, Cristiano Bacci entendeu não ter as condições ideais para continuar no cargo. Assim, a equipa será orientada de forma interina por Gilberto Andrade no próximo jogo, frente ao Estoril Praia.
Apesar das dificuldades, o Boavista mantém a esperança de desbloquear em breve as proibições de inscrição impostas pela FIFA, com um pedido de Processo Especial de Revitalização (PER) aceite pelo Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia há quase três meses. Isso permitiria ao clube reforçar-se com jogadores sem contrato até ao final de fevereiro.