Boavista na luta pela manutenção
O Boavista, que se encontra atualmente na primeira posição acima da linha de água, o décimo quinto posto, com seis pontos, desloca-se este fim de semana ao reduto do Gil Vicente, que vai ocupando a décima posição, com 10 pontos.
Sem vencer desde a primeira jornada do campeonato, o técnico dos axadrezados, Cristiano Bacci, reiterou a necessidade da equipa em melhorar. «Os adeptos conhecem a nossa situação. Agradeço-lhes [pelo apoio], mas temos de pontuar e o foco desta semana esteve nisso mesmo. Não posso dizer que a equipa não tenha dado o máximo ou que os jogadores não fizeram tudo para pontuarmos, mas não chega. Temos todos de dar mais», disse o treinador italiano, em conferência de imprensa.
Ausência de golos preocupa Bacci
Os 'axadrezados' vêm três empates e seis derrotas, a última das quais na receção ao Moreirense (2-0), da nona ronda do campeonato, que implicou a descida ao 15.º lugar, último de manutenção automática, agravando a desconfiança causada pelo afastamento da terceira eliminatória da Taça de Portugal frente ao Varzim (1-0), da Série A da Liga 3.
«É humano [que a equipa possa entrar em ansiedade]. Ter medo é uma característica humana no nosso trabalho. Sinto que a equipa está ligada e a trabalhar bem, mas os resultados ditam que ainda não chega aquilo que mostrámos. O meu dever, trabalho e foco estão colocados no sentido de mudar a situação atual», reforçou Bacci.
Gil Vicente é um desafio exigente
Avaliando o Gil Vicente como uma «boa equipa, que tem experiência e está a fazer um bom campeonato», Cristiano Bacci voltou a ser questionado pela ausência de golos em 2024/25 do avançado eslovaco Róbert Bozeník, melhor marcador do Boavista na época passada.
«É normal que ele seja o alvo, mas todos podem marcar e [a responsabilidade] não é só dele. Até agora, criámos oportunidades em cada jogo realizado. Fomos muitas vezes à área contrária e recuperámos várias bolas no meio-campo adversário. São estatísticas, não sou eu que digo», atirou, numa altura em que Bozeník leva nove titularidades em 10 possíveis.
Problemas de concretização
O conjunto do Bessa fez cinco golos nas nove primeiras jornadas do campeonato, todos na condição de visitante e de bola parada - três de grande penalidade, um de livre indireto e outro iniciado a partir de um lançamento de linha lateral -, igualando o pior registo desde 2015/16.
«Fizemos cinco golos de bola parada, conforme todos os jornais escreveram esta semana, mas temos quase o dobro de golos esperados. Há que olhar para as derrotas e a série de jogos sem ganhar, mas também para as coisas positivas do trabalho feito até agora. Não posso dizer que estou satisfeito, porque extraímos poucos pontos, mas há muitas coisas positivas. Para melhorar, temos de ser mais concretos [na definição das jogadas]», traçou.
Baixas para a visita ao Gil Vicente
João Gonçalves, Luís Pires e Manuel Namora continuam no boletim clínico e desfalcarão as opções de Cristiano Bacci, que tem vindo a utilizar uma estrutura tática com três defesas centrais, em detrimento do tradicional '4-3-3' privilegiado no início da temporada.
«Não foi a primeira vez. Não vou atrás do número [de jogadores recuados], mas de uma ideia de jogo que se ajusta aos atletas à disposição e também aos adversários. A ideia e os princípios de jogo são os mesmos com três, quatro ou cinco [defesas]. Cada estrutura dá-nos algumas coisas e tira outras, mas é a partir daí que definimos a estratégia», explicou.