Boavista não conseguiu resolver Transfer Bans da FIFA antes do fecho do mercado

  1. O Boavista não conseguiu resolver os Transfer Bans da FIFA antes do fecho do mercado de transferências
  2. A Sociedade BTL obteve autorização para executar uma dívida do Boavista através dos direitos económicos de jogadores
  3. Os reforços Ibrahim Alhassan e Bruninho podem decidir o seu futuro, não podendo ser inscritos para a época

Clube açoriano em dificuldades financeiras


O presidente da SAD do Boavista, Fary Faye, revelou aos sócios do clube que os axadrezados não conseguiram resolver os Transfer Bans da FIFA antes do fecho do mercado de transferências. Num comunicado, Fary explicou que a SAD tinha «um plano claro e bem estruturado, que incluía a transação dos direitos económicos de alguns jogadores, numa operação que serviria para alavancar financeiramente a SAD», mas houve um contratempo.

«Este CA foi surpreendido, no dia 1 de agosto, com mais uma situação inesperada: a Sociedade BTL, detentora de um crédito sobre o clube, do qual a SAD é solidariamente responsável, obteve autorização do Tribunal Judicial do Porto para executar a dívida em questão através dos direitos económicos dos jogadores transacionados nesta janela de transferências», revelou Fary.

Futuro incerto para os reforços


Segundo apurou o Record, a SAD do Boavista dá total liberdade aos reforços, Ibrahim Alhassan e Bruninho, que não conseguirão ser inscritos, para decidirem o seu futuro. Os dois jogadores podem rumar a outras paragens se assim o entenderem ou continuar no clube, sem competir oficialmente, até à janela de inscrições de janeiro.

«Apesar do enorme esforço e das intensas negociações realizadas ao longo dos últimos três meses e meio, não será possível concluir, antes do fecho deste mercado de transferências, o processo relativo aos Transfer Bans da FIFA», lamentou Fary Faye.

Clube a lutar pela sobrevivência


O dirigente explicou que, «durante este período, o CA explorou todas as vias legais e financeiras na procura de assegurar que o Boavista pudesse enfrentar a presente temporada sem esta limitação que tanto nos afeta há três mercados de transferências». No entanto, a penhora excecional validada durante o período de férias judiciais inviabilizou a resolução dos impedimentos em tempo útil.

«Apesar da impossibilidade de resolver os Transfer Bans da FIFA até ao próximo dia 2 de setembro, este novo Conselho de Administração está a trabalhar, desde o primeiro dia da sua existência, numa solução alternativa, que, contudo, nunca seria possível de concretizar antes do fecho deste mercado», garantiu Fary Faye.

O presidente da SAD do Boavista reiterou o «compromisso claro e inegociável» de continuar a trabalhar diariamente «com todas as nossas forças, para ultrapassar este problema até ao final do ano». Fary Faye reconheceu que a situação do clube é «frágil» e que lutam «todos os dias pela sobrevivência», mas assegurou que vão manter a integridade e os valores que definem o Boavista.

«Apesar deste revés, continuo a acreditar na força da nossa instituição, na determinação dos nossos atletas e equipa técnica, e no apoio incondicional dos nossos adeptos. Peço a todos compreensão e paciência, mas também a união e a resiliência que fazem de nós, boavisteiros, adeptos únicos e especiais, sobretudo nos momentos mais difíceis da vida do nosso Clube», concluiu o dirigente.

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