Saídas complicadas de jogadores no futebol português

  1. A situação de Bozenik, avançado eslovaco do Boavista, é semelhante à de Seba Pérez
  2. Bozenik tem interessados, nomeadamente o Hellas Verona e o Hull City
  3. Mateus Fernandes deixou o Sporting para assinar pelo Southampton
  4. Rúben Amorim considera Mateus Fernandes «um jovem com muito valor» e com «características para ser um grande jogador»

Saídas complicadas de jogadores no futebol português

A saída de jogadores tem sido uma tarefa complexa para alguns clubes do futebol português, com casos semelhantes aos de Bozenik, do Boavista, e Mateus Fernandes, ex-Sporting. A crise financeira que afeta o setor impede a concretização de transferências, retendo atletas que desejam deixar os respetivos emblemas.

No caso de Bozenik, avançado eslovaco do Boavista, a sua situação é análoga à de Seba Pérez. O jogador ambiciona sair do clube, mas não há uma solução à vista. Tal como Pérez, Bozenik possui interessados, nomeadamente o Hellas Verona e o Hull City, porém, o Boavista não consegue chegar a um acordo com estes clubes, que ficam aquém dos três milhões de euros à vista que poderiam resolver os impedimentos.

Há também um desencontro entre Bozenik e o Boavista, com o avançado a preferir jogar em Itália, no Hellas Verona, enquanto o Boavista vê mais lucro num negócio com o Hull City, de Inglaterra.

A saída de Mateus Fernandes do Sporting

Outra situação semelhante é a de Mateus Fernandes, que deixou o Sporting para assinar pelo Southampton. O treinador dos leões, Rúben Amorim, lamentou a saída do jovem médio, considerando-o «um jovem com muito valor» e com «características para ser um grande jogador».

«Queríamos muito ficar com o Mateus Fernandes», revelou Amorim, explicando que, tal como com outros jogadores, o Sporting «tiveram de fazer opções». «Fazemos tudo em conjunto, sentamo-nos numa sala e o Mateus foi um jogador que nos custou muito, mas quando me perguntam se podemos perder o Inácio, eu digo que não, se podemos perder o Morten [Hjulmand], eu digo que não, quando me perguntam se temos de aguentar o Viktor [Gyokeres], eu digo que temos de aguentar o Viktor. Depois temos de vender, é muito por aí. Queríamos muito ficar com o Mateus. Sinceramente, também acho que o Mateus gostaria de ter ficado, apesar de ter um grande contrato e ir para uma grande liga. Foi um momento difícil para todos, mas temos de fazer opções.»

A visão positiva de Rúben Amorim

Apesar da saída de Mateus Fernandes, Amorim está satisfeito com o plantel que tem à disposição, dando o exemplo de Geovany Quenda, que surgiu como uma oportunidade após não terem conseguido contratar outro jogador para a ala em janeiro. «Isso é olhar para o lado positivo, mas ainda não terminou, portanto, alguma coisa poderá acontecer, ou não, vamos ver», concluiu o treinador.

A crise financeira que assola o futebol português tem afetado vários clubes, impedindo a concretização de transferências e retendo jogadores que gostariam de sair. Casos como os de Bozenik e Mateus Fernandes são apenas dois exemplos desta realidade.