O treinador do Vizela, Rubén de la Barrera, fez uma análise franca do empate a duas bolas (2-2) entre a sua equipa e o Boavista, na última jornada da Liga Bwin.
O jogo e a época
Foi um jogo em que fomos muito superiores e, quando tal acontece, temos de o traduzir no resultado. Este jogo reflete o resultado da época. O controlo dos detalhes marca a diferença. Fizemos muitas coisas bem, mas não chegou e é pena. O empate fez-me sentir sensações similares às da descida de divisão.
Em termos futebolísticos, e independentemente do resultado, há uma série de coisas que já fazemos muito bem e outras que não nos permitem aproveitar os bons momentos que vamos tendo dentro de cada encontro para ganhar. Isso aconteceria numa outra divisão.
A diferença
Desde que cheguei [ao comando técnico do Vizela], dizem que somos diferentes, temos muita troca de bola e arriscamos, mas funciona ao contrário. Pretendemos evitar muitos riscos, visto que não somos fortes a atacar e a defender com espaços abertos. Essa é a realidade. Somos capazes de chegar com facilidade à baliza contrária, mas temos muita dificuldade em fazer golo. São aspetos cruciais, que permitem ou não lograr os objetivos.
Ausência
O Samuel Essende não podia jogar hoje por questões óbvias. Se fôssemos capazes de realizar durante os 90 minutos o que fizemos nos outros jogos e mesmo hoje, teríamos outras possibilidades e estávamos a falar de uma outra realidade no plano classificativo.
Sem energia nos instantes finais, o Boavista foi juntando muita gente sobre a última linha do Vizela para ter opções de resposta aos cruzamentos. O treinador quis reforçar a presença nesse espaço e ter gente que desse continuidade às segundas bolas conquistadas, mas não conseguiu controlar a última jogada nos descontos que deu origem ao 2-2 do Boavista, de grande penalidade.