Investigação em curso
A operação 'Bilhete Dourado', conduzida pela Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto, está a investigar a venda de bilhetes para jogos do FC Porto no mercado 'negro'. De acordo com fonte oficial da PSP, a operação já resultou na constituição de 13 pessoas como arguidas e na apreensão de "milhares de bilhetes".
As buscas, que ainda decorriam até às 19h00, visaram a Porto Comercial, uma sociedade pertencente ao universo empresarial do FC Porto, e a loja do associado do clube, no Estádio do Dragão. Em comunicado, a recém-empossada direção de André Villas-Boas informou que o clube "se compromete a prestar todo e qualquer apoio às autoridades no desenrolar das suas diligências".
Suspeita de "conluio"
O Ministério Público (MP) suspeita de "conluio" entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada, bem como membros da claque Super Dragões, na aquisição de bilhetes para jogos de futebol que depois foram vendidos no 'mercado negro'.
Segundo os mandados de busca e o inquérito a que a Lusa teve acesso, "de toda a prova reunida até ao momento e devidamente documentada não existem dúvidas de que são várias as pessoas com lucros consideráveis referente à venda irregular de bilhetes, o que lesa claramente o FC Porto, e o Estado, o que é 'conhecido e aceite' no seio do clube como moeda de troca pelo apoio da claque".
Ligação à Operação Pretoriano
A Operação Pretoriano, que investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto a 13 de novembro de 2023, está também relacionada com esta investigação. O MP sustenta que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" para que fosse aprovada a revisão estatutária "do interesse" da então direção 'azul e branca', liderada por Pinto da Costa.
Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.