A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) está a considerar a possibilidade de agravar as penas para clubes que tenham salários em atraso, numa das quatro verificações financeiras realizadas ao longo da temporada. A proposta, que será submetida à votação na próxima Assembleia Geral da LPFP, sugere que a subtração de pontos aos clubes infratores passe a ser de cinco a oito pontos, em comparação com a penalização atual que varia de dois a cinco pontos.
A decisão de agravar as penalizações foi aprovada por unanimidade pela direção da LPFP, liderada por Pedro Proença. A votação para a aprovação desta alteração está agendada para o próximo dia 23 de abril, na sede da Liga no Porto. Esta medida visa combater os casos de salários em atraso que têm afetado alguns clubes ao longo da temporada.
Verificação Financeira e Penalizações
Em dezembro do ano passado, o Lank Vilaverdense, equipa da Liga 2, foi a única a não comprovar a inexistência de dívidas salariais, o que resultou na perda de um ponto pelo clube. No entanto, a situação foi posteriormente regularizada quando o clube demonstrou os pagamentos em atraso. Além disso, o Boavista também enfrentou problemas de salários em atraso, com jogadores sem receber há três meses.
Regulamentos para Estabilidade Financeira
A verificação do cumprimento salarial está prevista no Regulamento das Competições da LPFP, que estabelece quatro momentos ao longo da temporada para esta análise: setembro, dezembro, março e maio. Os clubes que não demonstrem a inexistência de dívidas dentro do prazo estabelecido são notificados para regularizar a situação.
Esta proposta de agravamento das penas para clubes com salários em atraso é uma das alterações aos regulamentos que serão discutidas e votadas na próxima Assembleia Geral da LPFP. A medida pretende assegurar a estabilidade financeira e o cumprimento das obrigações salariais por parte dos clubes participantes nas competições profissionais de futebol em Portugal.