O Boavista está prestes a realizar a terceira Assembleia Geral (AG) eleitoral de acionistas, marcada para esta quarta-feira, às 18 horas, no Estádio do Bessa. Esta AG tem como principal objetivo eleger um novo Conselho de Administração, numa tentativa de evitar um vazio de poder que poderia levar o clube a um cenário preocupante.
A primeira AG eleitoral, agendada para o dia 27 de dezembro, foi cancelada, e a segunda, que ocorreu em 5 de fevereiro, foi adiada. Agora, a pressão aumenta para encontrar uma solução imediata para a crise interna que o Boavista enfrenta.
Pressão para encontrar uma solução
O presidente demissionário, Vítor Murta, poderá ter um papel crucial na resolução deste impasse. O proprietário do clube, Gérard Lopez, expressou a intenção de renovar a confiança em Murta, que se demitiu do cargo após a derrota por 0-4 frente ao SC Braga. Murta justificou a sua decisão, afirmando: «O foco são os jogadores e entendo que sou um fator de desestabilização, no sentido em que as pessoas passam mais tempo a dirigir-se a mim, em termos pouco próprios, do que a apoiar a equipa».
Apesar da demissão de Murta, a sua saída ainda não foi oficializada, e a possibilidade de ele liderar a SAD do Boavista continua em discussão. Caso a AG eleitoral de acionistas não resulte na eleição de um novo Conselho de Administração, o futuro do clube permanece incerto. Um novo adiamento significaria que a próxima AG só poderia ser marcada dentro de um mês, destacando a urgência desta reunião de acionistas.
Futuro incerto e pressão crescente
Vítor Murta refletiu sobre o seu percurso no clube, mencionando: «Às vezes os adeptos têm memória curta. Esquecem-se que, quando cheguei, não se pagavam subsídios de férias nem de natal, que não tínhamos um campo para treinar, vivíamos dificuldades enormes. Agora não estamos bem, mas estamos melhores. Temos um futuro».
Gérard Lopez, alinhado com a visão de Murta, parece inclinado a convencê-lo a permanecer e enfrentar os desafios que se colocam ao Boavista. A pressão é alta e a necessidade de uma solução urgente é evidente, à medida que o clube luta para evitar um cenário de abismo.