O antigo futebolista Mário Loja conseguiu uma vitória no Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS) e consequentemente, o Boavista está agora impedido de inscrever jogadores devido a dívidas salariais. O processo teve início em dezembro de 2022, quando Mário Loja requeriu à Liga de Clubes que impedisse o Boavista de celebrar novos contratos devido a dívidas de créditos salariais que ultrapassavam os 135 mil euros.
Em resposta, a Liga rejeitou o pedido alegando que não havia sido demonstrado um nexo de causalidade entre as dívidas e o contrato registado. O Tribunal Arbitral do Desporto, por sua vez, considerou que existia essa relação, mas argumentou que as dívidas não tinham sido devidamente discriminadas no processo.
No entanto, o TCAS refutou esse argumento e deu razão a Mário Loja. O tribunal considerou que as dívidas salariais estavam devidamente discriminadas e que tinham sido objeto de acordos de pagamento. De acordo com o acórdão, as dívidas resultaram de uma sentença proferida pelo Juízo de Trabalho de Setúbal.
Apesar desta decisão, o Boavista ainda pode recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça, mas sem efeitos suspensivos. Esta situação é mais um obstáculo para o clube, que já enfrenta uma sanção da FIFA devido a dívidas de seis milhões de euros, que também impedem a inscrição de jogadores. A liquidação desta dívida ou a negociação com os credores será crucial para o Boavista poder voltar a inscrever jogadores.