No Boavista, a bonança ainda não chegou ao Bessa. A delicada situação financeira do clube tem sido um obstáculo constante para os jogadores e funcionários. De acordo com fontes do clube, os jogadores foram pressionados a treinar depois de se terem recusado no dia anterior, exigindo a presença do presidente Vítor Murta para discutir os problemas financeiros. Com dois meses de salários em atraso e os funcionários sem receber há três meses, a crise se aprofunda no clube.
A situação tem afetado diretamente o desempenho da equipa, que ocupa atualmente o 11º lugar na tabela da Liga, apenas a quatro pontos da zona de despromoção. Além disso, a vaga de lesões expôs a fragilidade do plantel e comprometeu o arranque fulgurante da equipa.
A saída prematura do treinador Petit também é um reflexo do momento tumultuoso que assola as panteras. Desde o início da época, o clube tem enfrentado cortes de gás e água, com os jogadores sendo obrigados a tomar banho em casa. O presidente do clube chegou a elogiar Petit como 'o melhor treinador da história do clube', mas acabou por afastá-lo há três meses.
Com a continuidade de Vítor Murta à frente do clube sendo uma incógnita, a situação se torna ainda mais preocupante. Enquanto a equipa se prepara para o próximo encontro com o Gil Vicente, que também enfrenta dificuldades na classificação geral, a incerteza paira sobre o futuro do clube.
Os fãs do Boavista, conhecidos pela sua lealdade, estão apreensivos com a situação. A espera por uma resolução dos problemas financeiros e por uma estabilidade no plantel parece não ter fim à vista.