O Benfica divulgou, esta sexta-feira, o plano final dos novos estatutos do clube, que serão votados pelos sócios ainda este ano e entrarão em vigor, caso a votação seja favorável, no próximo mandato. Entre as várias novidades, destaca-se o facto de, caso estes estatutos sejam aprovados, o chumbo do relatório e contas de gestão poder conduzir à demissão da Direção.
De acordo com a proposta para os novos estatutos, disponibilizada pelo Benfica, o relatório de gestão e as contas do exercício devem ficar à disposição dos sócios com direito a voto, na sede do Clube e na aplicação do SPORT LISBOA BENFICA, a partir do oitavo dia anterior à data da Assembleia Geral. Se o relatório e contas forem reprovados, a Direção tem a opção de corrigir e reapresentar os documentos para nova votação ou, em caso de reprovação novamente, a Direção é demissionária e são convocadas eleições para eleger novos membros da Direção.
Esta é uma medida que visa dar mais transparência e responsabilização à gestão do clube, permitindo aos sócios uma maior influência na continuidade da Direção. É uma forma de garantir que os sócios têm voz ativa na aprovação das contas e que a Direção é responsável perante os mesmos.
Além dessa mudança nos estatutos, o Benfica também propõe outras alterações, como a eliminação da proibição estatutária que impede a remuneração dos dirigentes do clube e a redução do número de anos de sócio efetivo necessários para se candidatar a presidente.
Com estas alterações, o clube pretende modernizar e tornar mais eficiente a gestão, garantindo que há um maior envolvimento dos sócios nas decisões e uma maior profissionalização dos órgãos sociais. Os sócios terão agora a oportunidade de analisar e votar estas propostas, que poderão entrar em vigor já no próximo mandato.