Treinadores analisam jogos da nona jornada da Liga

  1. Rio Ave venceu Estrela da Amadora por 2-1
  2. Sotiris Silaidopoulos elogia a atitude da equipa
  3. João Nuno considera resultado injusto
  4. Vasco Seabra critica penalizações na derrota

Após o emocionante duelo na nona jornada da Liga, os treinadores das equipas envolvidas partilharam as suas percepções sobre o resultado e o desempenho dos seus jogadores.

Reação de Sotiris Silaidopoulos

Sotiris Silaidopoulos, treinador do Rio Ave, expressou a sua satisfação pela vitória por 2-1 sobre o Estrela da Amadora. Ao comentar sobre o desempenho da sua equipa, Silaidopoulos destacou: “Trabalhamos com duas formações com três e quatro defesas, mas às vezes temos ideias nos jogos e elas não funcionam. Mudámos algumas coisas na segunda parte e com os jogadores que entraram creio que foi uma vitória que reflete o espírito do Rio Ave, uma equipa que não pára de lutar até ao último minuto e é algo que queremos manter durante todo o jogo, não apenas numa parte do jogo.”

Quanto ao adversário, Silaidopoulos salientou os desafios apresentados pelo Estrela da Amadora, afirmando: “O adversário colocou um segundo avançado e tivemos que ter mais cuidado no meio campo e no centro da defesa. A segunda parte representou muito do que queremos alcançar a partir de agora.” O treinador do Rio Ave manifestou ainda otimismo ao afirmar: “Espero um Rio Ave mais forte nos próximos jogos. Estamos confiantes com o nosso processo e queremos manter a mesma concentração, foco e mentalidade da segunda parte deste jogo. Quero dedicar esta vitória a uma pessoa próxima da equipa, o Vítor Gomes, que representa muito daquilo que é o Rio Ave.”

Reflexão de João Nuno

Do outro lado, João Nuno, treinador do Estrela da Amadora, mostrou-se desiludido com o resultado, considerando-o injusto. “Estou muito triste com o resultado que considero injusto, mas muito satisfeito com a reação da equipa. O Rio Ave entrou melhor que nós na segunda parte e tem a felicidade de fazer o golo do empate. Sinto que a confiança da equipa vem do dia a dia. Estamos aqui há três semanas e como é óbvio estamos a mudar a ideia de jogo e queremos pôr o Estrela a jogar doutra forma.”

Em relação às dificuldades enfrentadas durante a partida, Nuno lamentou a forma como a sua equipa caiu após o golo do empate do Rio Ave, referindo: “A entrada na segunda parte logo com o golo, ainda por cima com um lance que trabalhámos a semana toda, custou muito e deixou a equipa em baixo. Depois reagimos e tivemos bolas para fazer golos e depois o Rio Ave, que fez três remates à baliza, consegue dois golos.”

Análise de Vasco Seabra

Por outro lado, Vasco Seabra, treinador do Arouca, abordou a pesada derrota por 5-0 frente ao Benfica. “É verdade, isso frustrou-nos um pouco porque de facto não estamos habituados a sofrer tantos golos frente aos três grandes. Sinto que o jogo não merecia um resultado tão dilatado. A verdade é que o Benfica não tem um amasso para vencer por 5-0. Sinto que três penáltis e um golo de canto são muito penalizadores para uma equipa que vem à Luz.”

Seabra analisou a dinâmica do jogo e a performance da sua equipa, explicando: “Tentámos ser audazes, fomos apertados pelo Benfica na primeira parte, com uma pressão alta do Benfica, foi difícil de sair, mas o jogo acaba por ser desbloqueado com os dois primeiros penáltis. Não vou discutir se é penálti, mas o jogo acaba por ficar difícil logo aí. A verdade é que sentimos que tivemos capacidade a espaços no jogo, mas, no computo geral, não chegou.”

Perspectivas para o Futuro

Na primeira volta já defrontámos os três grandes, fica agora o desafio interno para a segunda volta conseguimos tirar pontos aos grandes como tem sido apanágio nosso. Segue-se o Moreirense. Ele fez ainda uma reflexão sobre as opções que tomou: “O Fukui teve uma segunda parte fantástica. Hoje procurámos outras coisas, o Fukui fez quase todos os jogos como titular até aqui, mas neste jogo achei que precisávamos de outras coisas e apostei num jogador mais fresco. Foi uma decisão minha.”

O treinador do Arouca concluiu afirmando que, apesar das dificuldades, a equipa tem que ser audaz nas próximas etapas: “Precisa de ser mais audazes para conseguir desbloquear. Não conseguimos respirar com bola.”

Conclusão

Assim, as reações dos treinadores refletem as complexidades e desafios que cada equipa enfrenta na atual temporada do campeonato, evidenciando tanto o espírito de luta de algumas como a necessidade de adaptação de outras.