As declarações de André Villas-Boas, presidente do FC Porto, acerca dos salários dos jogadores do Benfica provocaram uma onda de reações. Villas-Boas criticou a postura defensiva do Benfica no clássico e afirmou que o clube encarnado tinha “vários jogadores a receber acima dos oito milhões de euros”
. Esta afirmação, além de especulativa, foi rapidamente contestada pelo Benfica através de um comunicado nas redes sociais.
O Benfica respondeu de forma contundente, afirmando: “Falsas as declarações do presidente do Futebol Clube do Porto relativas ao custo económico dos jogadores do Benfica, reveladoras de total desconhecimento da realidade e sem qualquer fundamento. Declarações lamentáveis do princípio ao fim”
. Com este comunicado, o clube encarnado não apenas denunciou a inveracidade das informações, mas também destacou a falta de conhecimento sobre a realidade financeira do plantel.
Reações e Críticas
Após o empate a zeros no embate, as críticas à postura defensiva do Benfica foram intensificadas. O clube apelou à responsabilidade, afirmando que tais declarações apenas servem para desestabilizar o ambiente, sublinhando a necessidade de utilizar a verdade nas argumentações no contexto do futebol. O Benfica enfatizou que a segurança e o controle do jogo são fundamentais, especialmente em um clássico.
As críticas de Villas-Boas foram classificadas pelo Benfica como “declarações lamentáveis do princípio ao fim”
, fazendo um apelo a uma análise justa e equilibrada do desempenho das equipas em campo. Este foco na justiça analítica reflete a preocupação do clube em manter a integridade do discurso no desporto.
Teto Salarial em Debate
O jornal 'Record' também trouxe à tona a questão do teto salarial do Benfica, revelando que este é de quatro milhões de euros brutos por mês, sem considerar objetivos adicionais. Este dado contrasta com a acusação de Villas-Boas e demonstra que as discrepâncias entre os clubes não se limitam a meras táticas de jogo, mas estendem-se a questões financeiras e de imagem.
A diferença nas percepções financeiras coloca uma nova luz sobre a rivalidade entre FC Porto e Benfica, mostrando que cada clube tem as suas próprias narrativas e realidades que podem ser exploradas nos debates públicos. A questão salarial está, assim, longe de ser apenas uma crítica desportiva; é, na verdade, um reflexo das complexidades que envolvem a gestão dos clubes de futebol em Portugal.