Na corrida para a presidência do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira voltou a manifestar-se em relação à liderança de Rui Costa, afirmando que “a recuperação do Benfica passou pela minha mão. Depois da minha saída, o Benfica entrou num caminho que não é consistente. O clube deixou de ter liderança, deixou de ser respeitado na Liga, na FPF.” Fazendo referência ao seu passado, Vieira criticou a gestão atual e insinuou que a falta de resultados é um reflexo direto de uma ausência de direcção.
À luz das suas críticas, Vieira elogiou o ex-CEO Domingos Soares de Oliveira, destacando que ele “tem todas as condições para voltar ao Benfica.” A afirmação reforça a ideia de que Vieira acredita que a antiga gestão foi mais eficaz. Contudo, não deixou de apontar as deficiências atuais, criticando a conservação do património: “O estádio parece que está ao abandono, aqueles arcos já não são vermelhos, são de outra cor. No Seixal, está tudo igual. A manutenção é muito importante.”
Críticas e Defesa Pessoal
Sobre o escândalo que o envolve, Vieira permanece firme afirmando que “tenho a consciência clara e não tenho nada a ver com o que estou acusado” em relação aos casos Lex e Saco Azul. Ele expressou esperança de limpar o seu nome, afirmando que foi vítima de um ataque ao Benfica.
Em contraposição à visão de Vieira, João Noronha Lopes, seu opositor nas eleições de 25 de outubro, anunciou António Bagão Félix como candidato para presidir ao Conselho Fiscal do clube. Noronha Lopes demonstrou confiança nas capacidades de Bagão Félix afirmando que ele “encarna na perfeição aquilo que é fundamental num Presidente do Conselho Fiscal do Sport Lisboa e Benfica. Seriedade, competência inequívoca e dever de fiscalização permanente”.
Tensões Crescentes no Clube
O desenrolar dos eventos dentro do clube é ainda mais intrigante com a movimentação dos dois candidatos a conquistar a aprovação dos sócios. Vieira, que se viu a braços com protestos durante a última Assembleia Geral, disse que “o que se passou nessa Assembleia Geral é muito grave. O Benfica tem grupos radicais que apelam pela democracia e não a praticam.” Esta situação evidencia a tensão crescente entre os adeptos e a liderança do clube e aponta para um futuro incerto em caso de continuidade dessas divisões.
Com a data das eleições a aproximar-se, a pressão sobre ambos os candidatos cresce, e as suas promessas e posicionamentos terão um peso significativo. Por isso, Vieira conclui que “se me tornar presidente, a BTV passa a transmitir as Assembleias Gerais, mesmo que seja para o país inteiro. Para as pessoas perceberem o que se passa.” A transparência parece ser um tema comum na visão de ambos os lados, embora a implementação das suas ideias no clube permaneça como um desafio.