As tensões em torno das eleições do Benfica atingiram novos patamares, culminando num ambiente tumultuado durante a Assembleia Geral. Rui Costa, atual presidente e candidato à reeleição, não hesitou em criticar os acontecimentos, afirmando que “o que se passou ontem na AG do Benfica envergonha o nosso clube”. Ele considera que os incidentes foram parte de uma “manobra orquestrada, planeada e executada por uma candidatura que procura transformar o Benfica numa arena de insultos, mentiras e agressões à dignidade das pessoas”. Esta afirmação reflete a profundidade da crise interna e a adversidade que a sua candidatura enfrenta.
Além de criticar o comportamento dos rivais, Costa fez um apelo à integridade da voz dos sócios, sublinhando que “os benfiquistas têm de saber: há uma candidatura que manipula sondagens... e chumba contas com 30 milhões de lucro”. Ele alertou para o fato de que existe um esforço em desviar a atenção das preocupações legítimas dos sócios que se sentem marginalizados na capital.
Tensões na Assembleia Geral
Luís Filipe Vieira, ex-presidente e candidato, usou termos fortes para descrever o clima na Assembleia. Em entrevista, destacou que “foi um autêntico ataque terrorista”, responsabilizando diretamente João Noronha Lopes e João Diogo Manteigas por fomentarem o clima hostil. Vieira descreveu o comportamento de alguns associados durante a reunião como “um assalto ao poder”, ao invés de respeitar o voto da maioria.
“Se a maioria dos adeptos não vai ao estádio, têm de participar de alguma forma”, argumentou Vieira, referindo-se à necessidade de incluir vozes que não estão ativamente envolvidas nas atividades do clube. O clima de hostilidade e descontentamento está a criar divisões que podem ter consequências a longo prazo para o clube.
Indignação contra as arbitragens
As acusações de manipulação e desinformação não se limitam apenas à Assembleia. O Benfica, em comunicado, também expressou a sua indignação em relação às arbitragens, acusando o Conselho de Arbitragem de “favorecer sistematicamente” o Sporting e exigindo “verdade desportiva e igualdade de tratamento entre clubes”. Este descontentamento foi evidenciado em casos como o golo anulado ao Estoril por um fora de jogo e a falta de um penalti a seu favor.
As contestações sobre as decisões arbitrais refletem que a contenda no clube vai além de disputas internas e se estende à sua competitividade no campo. O Benfica vê-se a lutar não apenas pela sua integridade interna, mas também pela justiça desportiva que considera fundamental para um futuro próspero.
Um futuro incerto para o clube
A batalha pelo controle do clube e a luta pela justiça desportiva entrelaçam-se, oferecendo um panorama complexo para os benfiquistas. Muitos desejam um futuro menos conturbado e mais próspero para o seu clube, mas os ânimos estão em alta e as contendas a acentuarem-se.
Com os desafios internos e externos a somarem-se, será possível que os sócios do Benfica encontrem um terreno comum para superar estas dificuldades? A resposta está nas mãos de quem, no final, poderá decidir o futuro do emblema.