Na madrugada desta quarta-feira, Rui Costa anunciou oficialmente a saída de Bruno Lage do comando técnico do Benfica, apenas horas após a desafiadora derrota frente ao Qarabag na Liga dos Campeões.
“Chegámos a acordo com Bruno Lage, que deixa de ser treinador do Benfica a partir de hoje. Agradecemos todo o trabalho e empenho, mas entendemos que era o momento de alterar”, declarou Rui Costa, presidente do clube.
Razões da Rescisão
Costa abordou as razões que conduziram à rescisão, afirmando que a última semana foi “dura e pesada para todos os benfiquistas”, e apelou à união entre os adeptos. “Temos de levantar a cabeça. Esta época foi atípica desde o início, com pouco tempo de preparação”, salientou o presidente.
A pressão aumentou significativamente após a perda de pontos em jogos cruciais, levando à decisão que Rui Costa não tomou de ânimo leve. A instabilidade na equipa e as expectativas de resultados positivos foram fatores que pesaram na escolha de mudar o timoneiro das águias.
Busca por Novo Treinador
Sobre a escolha de um novo treinador, Rui Costa foi claro: “O perfil tem de ser ganhador. Contamos que no sábado, frente ao AVS, o Benfica já esteja com o novo treinador no banco.” Esta urgência em encontrar um sucessor reflete a instabilidade interna e a luta pela recuperação no campeonato.
Quando questionado se havia falado com algum treinador para suceder Lage, Rui Costa foi direto, deixando margem para especulações: “Ainda não entrámos em contacto com nenhum treinador, depois do jogo só falei com Lage e chegámos ao fim da linha.”
Reflexões sobre a Época e o Futuro
Denotando a necessidade de um novo início, Costa afirmou: “O treinador que vier tem de ser um treinador ganhador. Um treinador que represente um clube desta dimensão tem de ter capacidade para pôr esta equipa nos patamares exigíveis e que nos dê os títulos que pretendemos.”
Por fim, Costa explicou a continuidade de Lage até este momento, referindo: “Parecia-me uma irresponsabilidade entrar na época com Supertaça e pré-eliminatória da Champions sem pré-temporada e com um treinador que não conhecesse os jogadores.” Durante a conferência, sublinhou a ausência de qualquer motivação eleitoral para a sua decisão: “Estou muito perto de saber o que traz ao futuro do Benfica. Nunca pus os meus interesses à frente do clube e não é agora que vou fazê-lo.”