João Gabriel, antigo diretor de comunicação do Benfica, criticou duramente a reação da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) após a polémica entrevista de Luís Filipe Vieira. Em declarações que geraram alvoroço, Gabriel afirmou que “o que nos diz este comunicado é que Vieira disse a verdade!”
. Este desabafo surge na sequência de um comunicado da FPF emitido no dia seguinte à entrevista, na qual Vieira acusou Pedro Proença, atual presidente da FPF, de aliciar
outros candidatos a ocupar cargos na federação.
Gabriel alertou que o comunicado da FPF foi “feito apenas para se dizer que se reagiu”
e considerou que isso vale zero!
. O ex-dirigente do Benfica não hesitou em destacar que “o bom nome, a credibilidade e a honorabilidade do presidente não foram colocados em causa – foram arrasados durante meia hora”
. Ele defendeu que a FPF deveria ter tomado uma posição mais firme em relação às acusações, uma vez que as alegações de Vieira têm graves implicações legais.
A Acusação e a Resposta
A polémica teve início com as acusações feitas por Luís Filipe Vieira durante uma entrevista, onde afirmou que Pedro Proença teria oferecido a Nuno Lobo um cargo na federação para garantir a sua desistência da corrida eleitoral. Proença acabou por vencer a eleição com 75% dos votos. A resposta da FPF, sob a liderança de Proença, fez alusão a que está disposta a usar “todos os meios legais disponíveis para defender o seu bom nome, credibilidade e honorabilidade”
.
No entanto, a resposta da FPF não satisfez Gabriel, que insistiu que as acusações de Vieira não foram desmentidas. Esta situação leva a questionar a eficácia da defesa apresentada pela FPF, que continua a ser objeto de debate entre os adeptos e analistas do futebol em Portugal.
Implicações Legais e Futuras Ações
Gabriel não poupou palavras ao lembrar que “convém não esquecer que o ‘aliciamento’ de que Vieira falou é crime público, que pode e deve levar a um inquérito da Procuradoria”
. As declarações de Vieira levantam preocupações significativas sobre a integridade das eleições na FPF e a credibilidade da sua liderança.
Com a pressão crescente sobre a FPF para responder a estas questões de forma mais substancial, a situação pode ainda levar a desdobramentos legais significativos. A comunidade do futebol em Portugal aguarda com expectativa as próximas etapas deste caso, que poderá ter um impacto duradouro na estrutura da federação e nas suas futuras eleições.