Martim Mayer critica decisões do CD da FPF

  1. Martim Mayer é candidato à presidência do Benfica
  2. Arbitragem não assegurou a integridade da competição
  3. Benfica divulga áudios do VAR
  4. Mayer exige mudanças na arbitragem

Martim Mayer, candidato à presidência do Benfica, expressou descontentamento em relação ao acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), afirmando que a integridade da competição na final da Taça de Portugal não foi devidamente assegurada pela arbitragem. “O Acórdão do CD da FPF veio confirmar o que era evidente, apesar de alguns o terem tentado branquear,” disse Mayer, sublinhando a falta de garantias na arbitragem no jogo decisivo.

Mayer não hesita em criticar a decisão do CD, afirmando que “a decisão do CD peca manifestamente por escassa, quer quanto ao comportamento do jogador Maxi Araújo, quer quanto à moldura das sanções (suspensão e multa) aplicadas ao jogador Matheus Reis.” Ele considera que este episódio não é um erro isolado, mas sim uma parte de uma situação muito mais grave que compromete a verdade desportiva e desafia o respeito institucional pelo clube encarnado.

Exigência de Mudanças

Em sua declaração, Mayer sublinha a necessidade de ação do Benfica para proteger os seus interesses e garantir que tal situação não se repita. “O SLB em que acreditamos tem de ser implacável na defesa dos valores do desporto e dos princípios da competição e não pode permitir que os seus interesses sejam lesados desta forma,” afirmou. Ele destacou que o clube não deve aceitar que o atual estado de coisas se perpetue sem mudanças sérias.

A crítica à arbitragem e a exigência de mudanças são temas recorrentes no discurso de Mayer. Ele afirmou que “o SLB deve por isso agir proativamente para que sejam apuradas todas as responsabilidades decorrentes deste episódio concreto.” Além disso, enfatizou a importância de um processo de reflexão que promova a verdade desportiva, argumentando que “a emissão de um comunicado com meras manifestações de intenção não é suficiente. É preciso muito mais e daqui até ao dia das eleições é isso que exigiremos da atual Direção.”

Preocupações do Benfica

Nesta linha de exigência, o Benfica amplificou as suas preocupações ao divulgar os áudios da sala do VAR relativos ao jogo da final da Taça. A publicação deste material visava fazer justiça ao que consideram ser erros significativos na arbitragem. O comunicado do clube detalha uma situação específica: “O Benfica vencia a final da Taça de Portugal por 1-0, quando, aos 90:04,27 minutos, junto à bandeirola de canto do lado direito do ataque das águias, Belotti, caído no relvado, foi deliberadamente pisado na cabeça pelo sportinguista Matheus Reis, que tinha de ser expulso com cartão vermelho direto.”

No entanto, a equipe de arbitragem não sancionou o lance. A situação foi amplamente discutida na sala do VAR, onde “o VAR Tiago Martins começa por desvalorizar o incidente com expressões como 'siga' e 'foi sem querer', mas acaba por solicitar mais imagens”. Apesar de reconhecer a gravidade do pisão, a comunicação do VAR não levou a uma ação decisiva naquele momento, e Tiago Martins acabou por desistir de alertar o árbitro.

Impacto no Resultado

Este descaso, segundo o Benfica, teve um impacto direto no resultado do jogo, resultando numa derrota por 3-1 após prolongamento, o que retirou a Taça do Benfica. O clube está a exigir ações corretivas reais e expressando uma clara insatisfação com a forma como a arbitragem tem sido gerida, reforçando a sua posição de que os erros privaram a equipe de um troféu que consideram merecido. O Benfica se comprometeu a ser “intransigente na defesa destes princípios e da instituição Benfica.”

Reflexão e Futuro do Desporto

Em suma, as declarações de Martim Mayer e o ataque do Benfica à decisão do Conselho de Disciplina da FPF refletem uma frustração profunda não apenas com os eventos da final, mas também com a maneira como a arbitragem na Liga Portuguesa é percebida. O que está em jogo agora é a credibilidade do desporto e a necessidade de mudanças estruturais que assegurem justiça nas competições futuras.